A cabeleireira Débora Rodrigues do Santos, acusada de participar do atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e pichar a estátua da justiça com a frase “Perdeu, mané”, vai cumprir prisão domicilia em Paulínia, (SP). A decisão foi do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Débora vai usar tornozeleira eletrônica, não poderá usar as redes sociais nem ter contato com outros investigados. A cabeleireira também está proibida de dar entrevistas para a imprensa, blogs e podcasts, nacionais ou internacionais, sem autorização do STF. Se ela descumprir qualquer uma dessas determinações, deverá voltar para o presídio.
O ministro decidiu pela prisão domiciliar após a defesa de Débora fazer um pedido de liberdade. Ela está presa desde março de 2023.
A Procuradoria Geral da República (PGR) enviou ao Supremo parecer em que se manifesta contra a soltura de Débora, mas defendeu a substituição da prisão preventiva da mulher pela domiciliar, já que a cabeleireira tem dois filhos menores de idade, de 10 e 12 anos. Conforme a legislação penal, ela tem direito ao benefício.
Julgamento
O ministro Alexandre de Moraes chegou a votar pela condenação de Débora a 14 anos de prisão em regime fechado. Mas o julgamento, que teve início na semana passada, foi interrompido por um pedido de vista do ministro Luiz Fux.