Brasil já tem 127 casos suspeitos de intoxicação de metanol, diz ministro da Saúde

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Segundo ele, não houve crescimento no número de confirmados e, sim, de suspeitos (José Cruz/Agência Brasil)

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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou neste sábado (4/10) que há 127 casos de intoxicação de metanol no País até o momento. Segundo ele, não houve crescimento no número de confirmados e, sim, de suspeitos. Já há casos em 12 Estados, segundo o ministro, que está em Teresina, no Piauí.

O ministro recomendou que a população evite bebidas alcoólicas nos próximos dias, principalmente que estejam em garrafas de destilados fechadas com roscas.

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“Nossa recomendação é evitar bebidas destiladas, sobretudo aquelas que a garrafa é feita com a rosca”, disse Padilha, afirmando que ainda não foram identificados casos de adulteração em bebidas alcoólicas vendidas em latas ou em garrafas com tampas metálicas.

“É um produto de lazer, não faz parte da cesta básica, de necessidade. Então evite risco no seu momento de lazer.” Para ele, o “momento é de atenção e não de pânico”.

O ministro também anunciou medidas tomadas pelo governo para enfrentar os casos de intoxicação, que têm se espalhado pelo Brasil. Padilha afirmou que existem 604 farmácias de manipulação capazes de produzir o etanol farmacêutico, substância usada como antídoto nesses casos, com devida recomendação médica.

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Ele afirmou que foram adquiridas 12 mil ampolas da substância pelo governo, que serão distribuídas para os Centros de Referência de Toxicologia espalhados pelo País.

Padilha também informou que o governo adquiriu 2.500 tratamentos de Fomepizol, outro antídoto para o metanol, por meio da Organização Pan-Americana de Saúde. Segundo ele, os medicamentos chegarão ao longo da próxima semana.

Aos profissionais de saúde da rede pública e privada, a recomendação do ministro é de que façam a notificação imediata já na primeira suspeita clínica de intoxicação. Ao registrar o caso, o Centro de Referência de Toxicologia do Estado passa a oferecer suporte técnico para a condução adequada, orientando sobre o cumprimento do protocolo do Ministério da Saúde.

Isso inclui checar acidose metabólica, garantir hidratação, monitorar a função cardíaca e iniciar todas as condutas indicadas, como o uso de etanol farmacêutico. A notificação precoce, mesmo em casos suspeitos, também é fundamental para rastrear onde a bebida foi consumida e identificar rapidamente o local de aquisição, auxiliando na resposta sanitária, explicou Padilha.

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O metanol é usado como matéria-prima para combustíveis e é impróprio para consumo humano, mas estaria sendo utilizado na falsificação de bebidas alcoólicas. Em forma pura, ele tem gosto levemente adocicado e alcoólico, parecido com o etanol, e não tem odor forte característico. Em destilados com 30% ou 40% de teor alcoólico, não é perceptível no sabor.

Metanol: quais cuidados tomar?

– Verificar a origem do produto, certificando-se de que o lacre da embalagem esteja intacto.

– Desconfiar de preços muito abaixo do mercado e pontos de venda informais.

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– Verificar as embalagens e recusar aquelas com rótulo mal impresso ou com erros. Além de ausência de CNPJ, lote ou data de validade.

– Ficar atento a características atípicas na bebida, como odores estranhos, cores e consistência incomuns.

– Ao notar alguma diferença, não fazer testes caseiros como cheirar, provar ou tentar queimar a bebida. Essas práticas não são seguras nem conclusivas.

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– Em bares e restaurantes, se houver alguma desconfiança, vale pedir que o garçom sirva a bebida na frente do consumidor.

Embora sintomas como náuseas e vômitos possam ser confundidos com os de uma ressaca comum, eles costumam se manifestar de forma mais intensa. Caso sinta algum sinal, procure atendimento médico imediatamente.

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