Entregadores do iFood e outros aplicativos farão uma paralisação nacional nesta segunda (31/3) e terça-feira (1º/4). A expectativa é de que trabalhadores de várias cidade do país, incluindo Belo Horizonte, vão aderir à mobilização.
Entre as pautas reivindicadas estão o aumento da taxa mínima de entrega para R$ 10, o reajuste do valor por quilômetro rodado para R$ 2,50, a limitação das rotas de bicicleta a um máximo de 3 km e o pagamento integral da taxa por entrega.
A manifestação é liderada pela Aliança Nacional dos Entregadores por Aplicativos (Anea). Chamada de “Breque dos Apps”, a ação contará também com motociatas Brasil a fora.
Em BH, a previsão de início da manifestação é às 9h, na Praça da Estação. Os trabalhadores devem passar pela Praça Sete, seguindo até a Praça da Liberdade e Praça da Savassi.
“São três anos sem reajuste, três anos recebendo R$ 6,50 na taxa mínima, sem receber integralmente pela segunda entrega, ciclista tendo que fazer rotas muito longas, com morros. Pretendemos mostrar para as pessoas como é, de fato, o trabalho dos entregadores”, disse Nicolas Souza Santos, da Anea, à 98.
O movimento é apoiado por alguns políticos, como é o caso da deputada federal Sâmia Bonfim (Psol/SP). Ela falou sobre a paralisação na Comissão de Legislação Participativa na última semana. “Todo meu apoio à luta dos entregadores. Contra a superexploração e por um trabalho com direitos garantidos”, disse ela.
O que dizem os apps?
Em nota, a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa o iFood, Uber, 99 e Zé Delivery, disse que “respeita o direito de manifestação e informa que suas empresas associadas mantêm canais de diálogo contínuo com os entregadores”.
“As empresas associadas da Amobitec apoiam a regulação do trabalho intermediado por plataformas digitais, visando a garantia de proteção social dos trabalhadores e segurança jurídica das atividades. Além disso, atuam dentro de modelos de negócio que buscam equilibrar as demandas dos entregadores, que geram renda com os aplicativos, e a situação econômica dos usuários, que buscam formas acessíveis para utilizar serviços de delivery”, informou a associação.