Os nomes Luana Lopes Lara e Kalshi dispararam nas buscas do Google e a razão é motivo de orgulho para Minas Gerais. Nascida em Belo Horizonte, Luana acaba de atingir o status de bilionária self-made (que construiu a própria fortuna) após sua empresa anunciar uma rodada de investimento histórica.
A Kalshi, plataforma fundada pela brasileira, confirmou um aporte Série E de US$ 1 bilhão, elevando o valor de mercado da companhia para impressionantes US$ 11 bilhões.
Do Bolshoi ao MIT: Uma trajetória de disciplina
A história de Luana passa longe do roteiro tradicional de executivos do mercado financeiro. Antes de dominar Wall Street, ela dominava os palcos.
Nascida na capital mineira, Luana teve uma juventude marcada pela disciplina rígida do balé clássico. Ela foi aluna da renomada Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, em Joinville (SC), onde desenvolveu a determinação que mais tarde aplicaria nos estudos.
Essa mesma disciplina a levou a ser aprovada em uma das universidades mais prestigiadas do mundo: o MIT (Massachusetts Institute of Technology), nos Estados Unidos. Lá, ela trocou as sapatilhas pelos cálculos complexos, formando-se em Ciência da Computação e Matemática. Foi nos corredores do MIT que ela conheceu Tarek Mansour, com quem fundaria a Kalshi.
O que é a Kalshi e por que ela vale tanto?
Diferente das “bets” esportivas comuns no Brasil, a Kalshi é a primeira bolsa de valores regulada federalmente nos EUA dedicada a negociar contratos sobre eventos futuros.
A plataforma permite que investidores usem estratégias financeiras para se proteger (hedge) ou lucrar com previsões sobre:
- Resultados de eleições (como a recente disputa presidencial nos EUA);
- Decisões econômicas do Banco Central americano (Fed);
- Previsões climáticas e até premiações como o Oscar.
O aporte bilionário liderado por fundos gigantes como a Paradigm e a Sequoia Capital valida a tese de Luana: a de que a informação é o ativo mais valioso do século XXI.
Por que o termo explodiu agora?
O “breakout” no Google Trends deve-se à confirmação do investimento de US$ 1 bilhão (Série E). No mundo das startups, chegar a uma Série E é um feito raríssimo, reservado a empresas (“unicórnios”) que já provaram seu modelo e estão prontas para dominar o mercado global.
