O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que Minas Gerais terá assento no novo Conselho Nacional de Política Mineral, que está sendo estruturado pelo governo federal. Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, nesta terça-feira (14/10), Silveira destacou, em resposta ao jornalista Paulo Leite, da 98 News, que o estado é peça-chave na exploração de minerais estratégicos, como o lítio e as terras raras, e deve recuperar seu protagonismo econômico no país.
“Minas Gerais é um dos estados que mais contribuiu com o Brasil, com suas riquezas minerais. Hoje, é para mim uma alegria, mas também uma imensa responsabilidade, servir ao país nesses setores tão fundamentais para a economia nacional. Trago sempre Minas comigo para Brasília, defendendo políticas públicas que possam fortalecer a economia do nosso estado, que infelizmente não anda bem”, afirmou o ministro.
Durante a entrevista, Silveira fez críticas à gestão do governador Romeu Zema (Novo) e disse que Minas perdeu espaço e investimentos nos últimos anos. “Minas ficou para trás diante de outros estados. Não vemos grandes obras, nem grandes investimentos sendo atraídos. Há, infelizmente, um desdém do atual governador em relação às políticas públicas do estado”, afirmou.
O ministro também acusou o governador de manter um comportamento eleitoral após a reeleição. “Ele não desceu do palanque depois da eleição. Uma semana após o pleito, fui entregar viaturas com recursos federais no Batalhão da Polícia Militar e fui ignorado. Já dizia, naquela época, que era importante o governador voltar seus olhos para governar Minas Gerais”, disse.
Segundo Silveira, Zema “saiu do palanque fazendo campanha no outro dia e se distanciou do governo federal”. O ministro ressaltou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem orientado sua equipe a manter uma postura republicana na relação com estados e municípios.
“O presidente Lula é republicano, e a primeira orientação que deu aos seus ministros foi para governar de forma suprapartidária, sem olhar para a coloração partidária dos mais de 5.400 prefeitos e dos 27 governadores. O objetivo é levar recursos federais de forma efetiva, melhorar a vida das pessoas e trazer resultados”, completou.