O governo dos Estados Unidos confirmou nesta terça-feira (8), que vai começar a cobrar da China uma tarifa total de 104%, que é a soma de todas as tarifas aplicadas aos produtos, como retaliação à reação chinesa ao tarifaço comercial imposto pelo presidente estadunidense, Donald Trump.
A confirmação ocorreu por meio da declaração que a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, deu à Fox Business início da tarde.
Leavitt disse que as negociações sobre as tarifas vão priorizar aliados e parceiros. As negociações serão no modelo one-stop (completas), o que significa que a presença militar e ajuda estrangeira serão pontos considerados nas discussões sobre tarifas, disse a porta-voz.

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A secretária afirmou ainda que estão em andamento conversar sobre tarifas com Israel. Em relação ao Irã, a porta-voz disse que as negociações de sábado serão diretas.
Ofensiva americana
Ainda na tarde de segunda-feira (7/4), Trump ameaçou a aplicação de uma tarifa adicional de 50% sobre os produtos da China a partir de amanhã (9/4). A sobretaxa se soma aos 34% de tarifa definido na quinta-feira, dia em que Trump anunciou o tarifaço a diversos países.
O governo americano ainda tinha expectativa de que porta-vozes da China ligassem para negociar as tarifas, como disse Trump na manhã desta terça-feira, por meio das rede sociais. Mas o fato não ocorreu.
China luta
Em contrapartida, a China declarou que vai “lutar até o fim”, caso Washington leve adiante a aplicação das sobretaxas.
Em comunicado, o Ministério do Comércio chinês declarou que se opõe “firmemente” à ameaça do republicano de aplicar tarifas adicionais de 50% sobre produtos importados do país asiático a partir da quarta-feira (9/4).
Pequim também reforçou o discurso de que não há vencedores em uma guerra comercial e que “o protecionismo não oferece saída”.
*Com informações da Agência Estado