O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) subiu à tribuna do Senado na última sexta-feira (9/5), e desabafou sobre a política brasileira. Segundo ele, se a política continuar da forma que está, não pretende mais concorrer a cargos públicos.
Apesar do seu destaque nas pesquisas para o governo de Minas Gerais, ele afirma estar se questionando sobre se manter ou não na vida pública.
“Minha pretensão mesmo é não disputar eleição nunca mais na minha vida. É manter meu mandato que vai mais seis anos e parar de disputar eleição, porque cada dia que eu vejo isso aqui me desanima mais”, disse o senador.
Em sua fala, ele também conta que uma das suas frustrações é que muitos de seus projetos não são aprovados.
No 98 Talks desta segunda-feira (12/5), Paulo Leite e Antônio Claret Jr. analisaram a fala de Cleitinho e o que pode ter motivado a declaração.
Para Claret, o atual cenário político do Brasil é, realmente, desanimador. Mesmo assim, disse não acreditar que desistir seja a melhor opção, pois ainda existem bons nomes no Congresso.
Paulo Leite encarou a fala de Cleitinho como um sinal de despreparo do senador para o cargo. “Cleitinho não tinha perfil para ser senador. O perfil político de Cleitinho ainda é o perfil daquele que discute o varejo das questões de transformação do país”, afirmou.
Paulo ainda apontou este como sendo um problema que atinge não só a Cleitinho, mas muitos parlamentares brasileiros. “Ele tem expressão de votos, ele tem apelo popular, ele tem força nas redes sociais, mas ele precisa ser melhor preparado politicamente. Falta aos partidos brasileiros a escola de formação de políticos. Os políticos são mal formados no país”, finalizou.
