A Prefeitura de Caeté, na região metropolitana de Belo Horizonte, decretou situação de emergência em saúde pública após a confirmação de duas mortes por febre maculosa na cidade. O decreto foi assinado pelo prefeito Alberto Pires (Avante) ontem (19/9) e terá validade por 180 dias.
Com o documento publicado no Jornal Oficial de Caeté, o poder público municipal dispensa a obrigatoriedade de licitação para aquisição de bens e serviços emergenciais. No período de vigência do decreto, a secretaria de Saúde da cidade vai coordenar o Grupo de Enfrentamento à febre maculosa. Além disso, a Prefeitura proibiu atividades e eventos em zonas rurais ou urbanas com características rurais.
Para combater a doença causada por bactérias do gênero Rickettsia e transmitida pela picada de carrapatos-estrela, o texto do órgão municipal também cita a realização compulsória de exames médicos, coleta de amostras clínicas, testes laboratoriais e tratamentos médicos específicos, além da requisição de bens e serviços de pessoas físicas e jurídicas.
Em Minas Gerais, 27 casos foram registrados em 2025, sendo cinco apenas em Belo Horizonte. Apesar da capital mineira liderar o ranking, a doença é mais comum na zona rural, uma vez que carrapatos-estrela estão presentes em animais como cavalos e capivaras. A transmissão não ocorre por via direta entre humanos.
Febre, dor nas articulações e manchas avermelhadas pelo corpo são alguns dos sintomas mais comuns da febre maculosa. A Prefeitura de Caeté orienta que as pessoas busquem atendimento médico o quanto antes caso apresentem algum desses sintomas.