Diretor afirma que Banco Central não pode ‘se afobar’

Siga no

Nilton David cedeu entrevista à Bradesco BBI nesta sexta-feira (21/02) (Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado)

Compartilhar matéria

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, afirmou nesta sexta-feira (21/02), em live organizada pelo Bradesco BBI que a autoridade monetária não pode tomar decisões precipitadas ou demorar demais na função de reação, comentando em paralelo os impactos dessas ações no juro neutro.

“O Banco Central não procrastina, mas também eu não posso me afobar, a qualquer sinal eu reagir, porque chances são ruídos e não sinais, então essa é um pouco a ideia. Ao fazer isso, você vai ter menos oscilação, por óbvio, você não vai reagir a ruído e aí passa um pouco a impressão que estamos suavizando ou fazendo média móvel, não é isso, é nada mais que um conceito de buscar os sinais e não os ruídos”, disse o diretor do Banco Central

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

David disse que a autoridade monetária tem bastante tranquilidade em relação à estimativa de juro neutro. “Trabalhamos com um juro neutro muito mais estrutural do que coisas desse tipo fazendo ruído, no final a ideia do Banco Central é sempre tentar pegar sinais e tentar dirimir os ruídos. Estamos bastante tranquilos com o que temos de juro neutro nesse momento”, afirmou o diretor.

Ele ainda defendeu que o BC tem plena convicção da potência da política monetária e disse que, em 2024, uma sucessão de fatores fomentaram o crescimento econômico, o que refletiu, também, nos juros.

“Acreditamos na capacidade da política monetária de colocar as coisas em ordem e não temos nenhuma razão para acreditar que isso mudou muito nos anos recentes. Até acreditamos que a potência da política monetária do Brasil não é a mesma que têm os países desenvolvidos, mas é uma coisa de décadas, não é uma coisa de agora. O que aconteceu agora foi que a surpresa da atividade vis-a-vis o percebido aperto monetário se deveu muito mais a eventos extraordinários que acabaram fomentando o crescimento, que acabou meio que indo de encontro à política monetária naquele instante”, comentou David.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Incertezas

David disse ainda que os mercados reagiram à incertezas em dezembro, que se refletiram bastante na questão cambial, e que agora no início deste ano a diminuição dessas incertezas implicou no reajuste de preços. “Acho que o mercado reagiu a incertezas, de onde elas vieram, as fontes, a combinação delas, fica meio que em segundo plano para a gente saber que veio de incertezas. O que a gente viu em dezembro foi um grande nível de incerteza aparecendo por todos os lados, e isso fez com que as moedas andassem bastante, o dólar na verdade, mais que as moedas “

Para ele, quando a incerteza diminuiu, como ocorreu em janeiro, os preços foram reajustados de acordo com esse processo. “Esse processo não se deu só no Brasil, e aliás eu não acredito que tenha sido no Brasil. De fato, o pivô mesmo foi lá fora, e obviamente que cada um tem a sua idiossincrasia que amplifica ou não isso”, disse.

Provocado sobre a atuação do Copom, em relação à precificação de cenário internacional, Nilton David devolveu com outra questão. “Será que esse consenso nosso de que a ineficiência vindo das tarifas produz um dólar mais forte via Fed, será que ele não pode estar errado à medida em que ao mexer demais nas tarifas, mexer demais na regulação, isso acabe produzindo um cenário em que, bem ou mal, a economia americana perca alguma atratividade?” disse.

Compartilhar matéria

Siga no

Webstories

Mais de Entretenimento

Mais de Notícias

Governo anuncia classificação indicativa para apps e nova faixa etária

Brasil tem mais nove casos de intoxicação por metanol, com três mortes

MPMG investiga prefeito de Minas por nepotismo após filho assumir três secretarias

Taxação dos super-ricos: Haddad defende medida global em carta ao FMI

‘Ladeira abaixo, alegria lá em cima’: Pampulha recebe 1° Festival de Carrinhos de Rolimã de BH

Imersão Indústria em BH: 50 horas de conteúdo e cobertura especial da 98 News

Últimas notícias

Kaio Jorge pede desculpas à torcida do Cruzeiro após expulsão no clássico: ‘não agi da melhor forma’

Leonardo Jardim detona arbitragem de Atlético x Cruzeiro: ‘Nunca vi isso’

Sampaoli enxerga Atlético ‘muito superior’ no clássico contra o Cruzeiro

Cruzeiro finaliza 2025 em vantagem nos clássicos contra o Atlético

Atlético e Cruzeiro empatam em jogo eletrizante do início ao fim

Kaio Jorge é expulso após sinalizar ‘roubo’ no clássico entre Atlético e Cruzeiro

Sampaoli deixa Hulk no banco no último Atlético x Cruzeiro de 2025

Dono da SAF do Cruzeiro, Pedro Lourenço faz aniversário e torcida pede presente ‘especial’

O peso invisível do estresse na vida dos professores