Copom mantém taxa básica de juros em 15% ao ano

Siga no

O Copom justifica a manutenção da Selic pela incerteza do ambiente externo (Foto: José Cruz / Agência Brasil)

Compartilhar matéria

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa básica de juros da economia (Selic) em 15%. O anúncio foi feito no início da noite desta quarta-feira (17), depois de uma reunião de dois dias entre o presidente do Banco Central (BC) e seus diretores.

No comunicado oficial, o Copom justifica a manutenção da Selic pela incerteza do ambiente externo, “em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos”.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

O que, segundo o comitê, exige cautela “por parte de países emergentes em ambiente marcado por tensão geopolítica”.

Também é citado o cenário doméstico. Para o Copom, os indicadores de atividade econômica apresentam “moderação no crescimento”, apesar do “dinamismo” do mercado de trabalho, e a inflação permanece acima da meta.

“As expectativas de inflação para 2025 e 2026 apuradas pela pesquisa Focus permanecem em valores acima da meta, situando-se em 4,8% e 4,3%, respectivamente. A projeção de inflação do Copom para o primeiro trimestre de 2027, atual horizonte relevante de política monetária, situa-se em 3,4% no cenário de referência”, diz a nota do Copom.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Cenário inalterado

Na reunião anterior, nos dias 29 e 30 de julho, o Copom decidiu interromper o ciclo de alta da taxa de juros, mantendo a Selic em 15% ao ano, sob a justificativa de que o ambiente externo está mais adverso, por conta das políticas comerciais e fiscais adotadas pelos Estados Unidos (EUA).

As decisões são tomadas levando em conta a situação inflacionária, as contas públicas, a atividade econômica e o cenário externo – tudo tendo como base a avaliação do cenário macroeconômico e os principais riscos a ele associados.

As atas do Copom são publicadas no prazo de até quatro dias úteis. Esta foi a sexta reunião do ano do comitê. A taxa básica de juros da economia (Selic) vale para os próximos 45 dias, quando o Copom volta a se reunir.

Selic

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a Selic. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Os bancos consideram outros fatores além da Selic na hora de definir os juros a serem cobrados dos consumidores, entre eles risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

Compartilhar matéria

Siga no

Webstories

Mais de Entretenimento

Mais de Economia

EUA retiram taxa das exportações nacionais de celulose e ferro-níquel

Exportações de Minas para os EUA despencam 50%; China ganha espaço

Exportação de produtos atingidos por tarifaço cai 22% em agosto

Shopee a caminho de Contagem com novo terminal logístico

iPhone 17 é lançado no Brasil: veja preços, data de pré-venda e novidades

Que trem de agro é esse? A economia mineira nos trilhos do campo

Últimas notícias

Atlético suspende torcedor que invadiu gramado da Arena MRV para tirar foto com Neymar

Governo de Minas exonera servidores da Feam por envolvimento em esquema de corrupção

Boa fase do Cruzeiro embala churrasco do elenco na Toca da Raposa

Sem Hulk, Sampaoli define escalação do Atlético para enfrentar o Bolívar

Deputados estaduais também serão beneficiados pela PEC da Blindagem

Cruzeiro x Bragantino: CONCORRA a par de ingressos para a partida no Mineirão

Atacante Fabinho inicia transição do DM para a preparação física

PEC da Blindagem: com votos de PL, PT e Centrão, Câmara reestabelece voto secreto

Selton Mello surge ao lado de Jack Black no trailer do novo Anaconda