O dólar acelerou ao longo da tarde desta terça-feira (8/4), com o acirramento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, e emendou o terceiro pregão consecutivo de alta, fechando a R$ 5,99. O resultado é o mais perto que o dólar chegou do maior valor desde 21 de janeiro, quando fechou a R$ 6,0302.
Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, teve forte queda fechou em 1,32% aos 123.932 pontos. Na mínima do dia, chegou a 123.454 pontos.
A tensão refletiu as atenções do mercado voltadas para o prazo dado por Donald Trump para que a China recuasse de tarifas retaliatórias, que expirava nesta terça às 13h (de Brasília).

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Os chineses mantiveram as tarifas, e ressaltaram que estão prontos para “lutar até o fim” na disputa contra os EUA na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Então, a Casa Branca confirmou a sobretaxa de 50% sobre produtos importados da China a partir da quarta-feira (9/4). Com isso, o gigante asiático vai passar a enfrentar tarifa total de 104% em produtos exportados aos EUA.
Desaceleração da economia
Com os temores de desaceleração mais aguda da atividade nos EUA, em razão do tarifaço, crescem as expectativas em torno de um alívio monetário.
No início da tarde, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Chicago, Austan Goolsbee, disse que há dúvidas sobre “a rapidez e a magnitude” em que o tarifaço se traduzirá em aumento de preços, mas ressaltou que o sentimento do consumidor americano “está despencando”, o que, em geral, se traduz em queda dos níveis de consumo.
Já a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, disse que há uma “pequena preocupação com leve alta da inflação com tarifas”. Ecoando falas recentes do presidente do BC norte-americano, Jerome Powell, Daly disse que a política monetária está posicionada e “modestamente restritiva”.