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Plano Brasil Soberano: medida pode gerar distorções e riscos fiscais, alerta economista

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Medida busca preservar os empregos e ampliar os mercados alternativos para os setores afetados (José Cruz / Agência Brasil)

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O pacote de ações anunciado pelo governo federal nesta quarta-feira (13/8) para mitigar os impactos do tarifaço americano sobre produtos brasileiros pode gerar distorções e riscos fiscais, segundo avaliação do mestre em Economia e colunista da 98 News, Gustavo Andrade. As medidas integram o Plano Brasil Soberano e preveem cerca de R$ 30 bilhões em iniciativas voltadas ao setor exportador.

Para Andrade, o ponto central do plano — o uso do Fundo de Garantia à Exportação (FGE) para financiar a baixo custo o setor exportador — deve ser analisado com cautela. Ele destaca que o alcance vai além dos segmentos mais afetados pelas tarifas, beneficiando toda a cadeia de exportação. “O que pode ter efeitos distorcivos e até gerar o paradoxo de piorar nossos termos de troca e de comércio”, afirmou.

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O economista alerta que medidas desse tipo podem impactar o crescimento e o bem-estar econômico a longo prazo, já que concentram esforços em crédito para exportar, sem atacar as questões estruturais do comércio exterior. Ele ressalta, ainda, que outras iniciativas deverão ser divulgadas pelo governo, mas que a abordagem atual prioriza respostas de curto prazo.

Entre as ações previstas, está a flexibilização das compras governamentais para permitir que produtos não exportados sejam adquiridos pelo Executivo. Para Andrade, essa proposta representa um problema adicional. “Não só pelo lado fiscal, mas pelo risco moral, pois cria incentivos ruins e distorce preços. Em essência, gasta-se dinheiro do contribuinte para comprar esses produtos, resgatando práticas que a história econômica já mostrou que não funcionam nem para proteger o próprio setor que se pretende beneficiar”, disse.

Na avaliação do especialista, o enfrentamento de barreiras tarifárias exige uma estratégia voltada à abertura econômica e à busca de novos mercados, e não apenas medidas compensatórias imediatas. “A única solução efetiva para o problema que estamos enfrentando é abrir cada vez mais a economia e buscar novos mercados para negociar, reduzindo esse impacto com medidas estruturais e planejadas, e não apenas de curto prazo”, aponta.

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Thiago Cândido

Jornalista pela UFMG. Repórter na 98 desde 2025. Participou de reportagem vencedora do Prêmio CDL/BH de Jornalismo 2024.

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