O Centro Universitário Estácio completou 25 anos de atuação em Belo Horizonte com planos ambiciosos para o futuro. A instituição anunciou um investimento estimado entre R$ 13 milhões e R$ 14 milhões nos últimos 12 meses em Minas Gerais, com expectativa de expansão ainda maior nos próximos anos.
Quem detalha os planos é o reitor do Centro Universitário Estácio BH, Flávio Pires. Ele marcou presença nesta quinta-feira (10/7) na 98 News. “A gente hoje, se você pegar os últimos 12 meses, somando todos os investimentos, não só para abrir os novos campi, mas também em infraestrutura e modernização dos laboratórios, estamos falando de um montante de R$ 13 a R$ 14 milhões.”
A Estácio inaugurou recentemente dois novos campi em Belo Horizonte. O primeiro, no Barreiro, foi aberto em fevereiro e já conta com cerca de 400 alunos. O segundo, em Lourdes, absorveu os estudantes da antiga unidade do Prado e hoje tem aproximadamente 4 mil matriculados.
“São unidades novas e não só prontas para receber, mas já em plena operação”, destaca Pires.
Crescimento em Minas e negociações no interior
Segundo o reitor, o plano de crescimento da Estácio em Minas continua em andamento, com negociações abertas para novos campi e até possíveis aquisições no interior do estado.
“Queremos crescer aqui em Minas. Já há algumas negociações em curso, com possibilidade de abrir novos campi e também possíveis aquisições. Havendo uma oportunidade economicamente viável, que faça sentido dentro do nosso conceito, a gente vai analisar e continuar expandindo.”
Impacto do novo marco regulatório no EAD
A Estácio também observa um aumento na procura por cursos de graduação a distância, especialmente após a publicação do novo marco regulatório do MEC, que proíbe a abertura de novos cursos EAD em algumas áreas, como enfermagem e licenciaturas, a partir do segundo semestre de 2025.
“Houve sim uma intensificação na procura de alguns cursos que deixarão de ser oferecidos na modalidade EAD. Mas nós nunca deixamos de acreditar no potencial do ensino presencial. Inclusive, é muito melhor quando temos nossos campi cheios de alunos, cheios de energia.”
Ensino superior e programas sociais
Flávio Pires também comentou o cenário do ensino superior no Brasil e o papel de programas como FIES e Prouni no acesso à educação.
“Já houve uma dependência muito grande das instituições em função desses programas. Hoje, eles continuam acontecendo e atendendo a população, mas com um percentual menor e processos mais robustos. Houve renegociações e descontos que permitiram a regularização de dívidas por parte dos alunos.”
A maioria dos estudantes da Estácio, segundo ele, concilia trabalho e estudos.
“Mais de 80% dos nossos alunos trabalham e são eles que financiam o próprio estudo. Poder continuar investindo em educação para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas é o motivo pelo qual nós acordamos todo dia aqui em Minas.”