Durante interrogatório da ação penal que apura a suposta tentativa de golpe de estado em 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (10/6) que a reunião do dia 7 de dezembro de 2022, onde supostamente teria assinado a minuta do golpe de estado, foi para tratar de assuntos dentro da Constituição.
Quando questionado pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, sobre o encontro com seu então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e os comandantes militares, Freire Gomes e almirante Garnier, Bolsonaro disse que não poderia “garantir que foi tratado tal assunto”.
“Nós decidimos, então, não pelo TSE, encerrar qualquer discussão sobre resultado das eleições. Coisa que no passado sempre foi feito com com muita constância por parte de outros partidos. Conosco, nós nos vimos tolidos de questionar”, argumentou.
Bolsonaro justificou ainda que foram feitas poucas reuniões, em que foram abandonadas quaisquer possibilidades de uma de uma ação constitucional.
“Talvez foi nessa reunião que nós estudamos outras possibilidades dentro da Constituição. Ou seja, jamais saindo das quatro linhas, como o próprio comandante Paulo Sérgio falou, que tinha que ter muito cuidado na questão jurídica. Não podíamos fazer nada fora disso. Obviamente, a gente sabia disso.