O presidente Lula anuncia, nesta quinta-feira (12/6), uma série de medidas para beneficiar comunidades atingidas pelo rompimento da barragem do Fundão em Mariana, em Minas Gerais. Os rejeitos da barragem atingiram a Bacia do Rio Doce, entre o estado mineiro e o Espírito Santo, em 2015.
Nesta manhã, Lula participa da cerimônia de apresentação dos avanços do Novo Acordo do Rio Doce, na Praça da Sé, em Mariana. O presidente vai assinar um contrato com a Caixa de R$ 1,7 milhão para beneficiar 16 mil agricultores familiares atingidos pela tragédia.
Será pago um auxílio mensal por 48 meses divididos em um salário mínimo e meio nos primeiros 36 meses e mais um salário mínimo nos 12 meses seguintes. A expectativa é que os primeiros pagamentos comecem em 30 dias.
Até 2029, o investimento pode chegar a mais de R$ 1,7 bilhão. Outras medidas envolvem a assinatura de um Protocolo de Intenções para criação do Hospital Universitário em Mariana. E ainda o lançamento de um edital para a formação do Conselho de Participação Social que atuará na Bacia do Rio Doce.
Também serão assinados contratos de quase R$ 6 milhões com a Cáritas e com a Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social para apoiar as comunidades atingidas. O Acordo do Rio Doce, assinado em outubro de 2024, prevê o pagamento de R$ 170 bilhões em indenizações e ações reparatórias pelas empresas envolvidas na tragédia de Mariana.
Nos primeiros seis meses do acordo, a Justiça reconheceu mais de 52 mil acertos individuais com pagamento de quase R$ 2,5 bilhões às pessoas atingidas.