A manhã desse domingo (16/03) foi marcada por uma manifestação pró-anistia, liderada por Jair Bolsonaro na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. O pedido de anistia é destinado aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, às sedes dos três poderes, em Brasília (DF). O ato interditou um trecho da avenida Atlântica para receber os apoiadores do ex-presidente.
As estimativas de público para o evento apresentaram uma significativa disparidade: enquanto pesquisadores da USP calcularam cerca de 18.000 participantes, a Polícia Militar, por meio de suas redes sociais, divulgou um número superior a 400.000 pessoas.
O evento contou com a presença de importantes figuras políticas, incluindo os governadores do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL) e do Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil). Também marcaram presença os senadores Flávio Bolsonaro (PL) e Magno Malta (PL), o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, e o pastor Silas Malafaia.
Durante seu discurso, Bolsonaro reforçou o pedido de libertação dos presos relacionados aos eventos de 8 de janeiro e sinalizou suas ambições políticas futuras. Ele se comprometeu a “mudar os rumos do país, caso seja eleito em 2026”. Bolsonaro ainda fez um apelo direto aos seus apoiadores para as próximas eleições: “peço a vocês por ocasião das eleições do ano que vem, me deem 50% da Câmara e 50% do Senado, que eu mudo os destinos do nosso Brasil”.
João Henrique do Vale, da Central 98, apontou a atual situação legal de Jair Bolsonaro: “vale lembrar que o ex-presidente está inelegível e terá a denúncia por tentativa de golpe julgada no próximo dia 25”. O próprio Bolsonaro abordou essa questão durante a manifestação, afirmando que não pretende deixar o país para evitar uma possível prisão ordenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).