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Um levantamento divulgado pela FIEMG mostra que, apesar dos avanços em participação e qualificação, a desigualdade de gênero segue forte em áreas como indústria e transporte (José Paulo Lacerda/CNI/Divulgação)

Um levantamento divulgado pela FIEMG mostra que, apesar dos avanços em participação e qualificação, a desigualdade de gênero segue forte em áreas como indústria e transporte (José Paulo Lacerda/CNI/Divulgação)

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O Dia Internacional da Igualdade Feminina, celebrado em 26 de agosto, trouxe à tona um retrato atualizado da presença das mulheres no mercado de trabalho. Um levantamento divulgado pela FIEMG mostra que, apesar dos avanços em participação e qualificação, a desigualdade de gênero segue forte em áreas como indústria e transporte.

Avanços e limites

Segundo a coordenadora de estudos econômicos da FIEMG, Juliana Gagliardi, houve progresso nas últimas décadas. Ela relata que a escolaridade das mulheres se equipara a dos homens, porém ainda existem obstáculos.

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“O nosso estudo mostrou que ao longo dos anos houve uma maior inserção da mulher no mercado de trabalho. Além disso, houve um avanço em termos de qualificação profissional. Hoje o nível de escolaridade das mulheres se equipara ao dos homens e em alguns setores chega a ser maior.”

Mesmo assim, os números revelam um obstáculo persistente: “as mulheres ganham aproximadamente 25% a menos do que os homens, ainda que ocupem as mesmas posições.”

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Setores ainda masculinizados

A pesquisa indica que 55% da mão de obra formal no Brasil é composta por homens. Entre os segmentos analisados — indústria, construção, agropecuária, comércio e serviços — apenas este último apresenta maioria feminina.

“Muitas vezes, as mulheres estão alocadas em setores com salários menos competitivos e que exigem menor qualificação. Isso não se deve necessariamente à falta de preparo, mas a questões estruturais e estigmas que colocam determinadas áreas como masculinizadas.”

Um exemplo é o grupo formado por ciência, tecnologia, informática e engenharia. Embora tenha havido aumento na presença de pesquisadoras, engenheiras e arquitetas, o cenário ainda é desafiador.

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“Na formação de matemáticos, estatísticos e profissionais de informática, esse gap aumentou nos últimos anos. É preciso estimular o acesso das mulheres a essas áreas e combater a visão de que determinados setores são exclusivos dos homens.”

Papel das empresas e do Estado

Para Juliana, a mudança exige esforço conjunto de políticas públicas e iniciativas internas nas empresas. “A gente precisa olhar a sociedade como um todo. O Estado pode agir com políticas públicas e as empresas devem não apenas estimular a entrada, mas também garantir a permanência da mão de obra feminina nesses setores.”

Um dos entraves é o chamado “teto de vidro”. “Ainda que a mulher tenha qualificação e experiência, muitos cargos de gestão e liderança permanecem inacessíveis. É fundamental incentivar e reter essas profissionais também em posições de comando.”

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Impacto na economia

A desigualdade não é apenas social, mas também econômica. “Pesquisas mostram que maior diversidade dentro das empresas resulta em mais inovação. Inovação gera produtividade, e produtividade traz ganhos financeiros. Incluir mulheres e garantir diversidade de gênero e raça fortalece o desenvolvimento sustentável e gera efeitos positivos para toda a sociedade.”

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Roberth R Costa

Atuo há quase 13 anos com jornalismo digital. Coordenador Multimídia. Rede 98 | 98 News

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