A juíza federal mais jovem do Brasil é mineira e torce para o Atlético. Aos 25 anos, Luísa Militão Vicente Barroso tomou posse na Justiça Federal da 1ª Região, em dezembro de 2024. Por meio das redes sociais, ela compartilhou sua trajetória de estudos, que durou quatro anos e exigiu muita dedicação.
Natural de Inhapim, na região do Vale do Rio Doce, Luísa formou–se na UFV (Universidade Federal de Viçosa) em 2021, e logo começou a maratona de estudos. Além do concurso do TRF1 (Tribunal Regional Federal – 1ª Região), a jovem também foi aprovada nos concursos do MPBA (Ministério Público da Bahia) e da DPMG (Defensoria Pública de Minas Gerais).
Segundo o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Luísa é a mais jovem juíza federal em atuação no Brasil. No dia 19 de dezembro do ano passado, ela e outros 49 magistrados tomaram posse na Justiça Federal. O curso de formação na Escola de Magistratura Federal da 1ª Região começou em janeiro e terminou neste mês.
“‘Estudar, saber, agir, vencer’, carrego essas 4 palavras comigo em meu coração, como uma estrela–guia. E eu realmente leve a sério esse lema: entendi que precisava estudar, saber e agir para poder vender. Nunca tive ambições de conquistar qualquer coisa que fosse sem estudo/trabalho árduo”, compartilhou Luísa em um texto sobre sua história com os estudos.
Para atingir as metas, passou a dedicar 8 horas de seu dia aos estudos, de segunda a sexta–feira, e fazer simulados e corrigi-los aos sábados ou domingos. Em 2022, Luísa se casou e mudou para Vitória da Conquista (BA). Ela prestou o concurso do TRF1 em julho de 2023.
No Instagram, a jovem exibe fotos na sede das três instituições em que foi aprovada. Em frente à placa do TRF1, Luísa posou sorrindo. “30.10.2024. Aprovada em 2º lugar (antes dos títulos) para juíza federal do TRF1. A realização do sonho de uma vida, sonhado comigo pelas pessoas que amo”, escreveu.
“Uma prova despretensiosa para uma carreira que não tinha como foco (por julgar muito além da minha capacidade). Quase 1 ano e meio de concurso. Minha primeira (e única) prova para a magistratura federal. Mas foi, simplesmente, a minha prova. Deus escolheu com muito carinho e as bênçãos vieram desde a 1ª fase”.
Ainda na legenda, ela contou que obteve 10 pontos acima da nota de corte, a 7ª melhor nota nas provas discursivas e a 9ª maior da sentença cível. “Mas como se não for sofrido não é Galo, precisei passar por uma enorme tribulação: a reprovação na sentença criminal”.
“Eu precisava dessa reprovação. Precisava para admitir a mim mesma que a magistratura era o meu grande sonho. Ter chorado pela primeira vez por uma reprovação deixou isso evidente. O dia em que soube do provimento do meu recurso foi um dos dias mais felizes da minha vida. Preciso agradecer eternamente à banca examinadora por essa segunda chance”, completou.