Pessoas com deficiência que buscam inserção no mercado de trabalho têm, neste momento, 171 oportunidades abertas em Minas Gerais. As vagas são oferecidas pela Inklua — plataforma de empregabilidade para PCDs no país — e estão distribuídas por mais de 30 cidades do estado, incluindo Belo Horizonte, Contagem e Varginha.
As oportunidades vão desde cargos operacionais até vagas administrativas, técnicas e de gestão. A consultora de diversidade da Inklua, Sarah Piscini, falou sobre o Inklua em entrevista na 98 News nesta quinta-feira (26/6).
“Essas vagas estão espalhadas por diversos municípios de Minas Gerais. O processo para ter acesso às vagas é muito simples. Por meio do site inklua.com, você faz o seu cadastro, coloca algumas informações básicas, é um cadastro que leva menos de 3 minutos. Se tiver currículo e laudo, coloca. Se não tiver, não tem problema”, explica.
A plataforma funciona como um portal de busca por vagas. Após o cadastro, o candidato pode acessar as oportunidades por cidade ou área de atuação e demonstrar interesse. A partir daí, o recrutador entra em contato para dar sequência ao processo.
Inclusão além dos cargos básicos
Segundo Sarah, um dos objetivos da plataforma é garantir que pessoas com deficiência tenham acesso a todas as etapas do mercado de trabalho — não apenas em funções de entrada.
“Nós queremos ver pessoas com deficiência em cargos operacionais e também em cargos administrativos, de destaque, de liderança. O nosso objetivo é justamente ter as pessoas com deficiência incluídas em todos os níveis hierárquicos de uma empresa”, pontua.
Ela destaca que a Inklua trabalha com vagas para diferentes perfis e níveis de formação. “Entendemos que pessoas com deficiência são plenamente capazes de desenvolver um bom trabalho naquilo que ela se propõe a fazer, de acordo com as suas áreas de formação.”
Barreiras ainda existem
A Lei de Cotas, em vigor desde 1991, determina que empresas com mais de 100 funcionários reservem de 2% a 5% das vagas para pessoas com deficiência. No entanto, segundo dados do Ministério do Trabalho, apenas 1% das pessoas com deficiência em idade ativa estão no mercado formal de trabalho no Brasil.
Para Sara, a dificuldade não está apenas na contratação, mas também na permanência dessas pessoas nas empresas.
“A empresa está realmente preparada para receber essa pessoa com deficiência? Essa empresa tem acessibilidade? As lideranças estão preparadas para receber essa pessoa de maneira inclusiva, com aquilo que a gente chama de acessibilidade atitudinal, que são comportamentos que vão fazer com que esse colaborador se sinta verdadeiramente integrado?”, questiona.
Capacitação também para as empresas
Além da intermediação de vagas, a Inklua oferece treinamentos, mapeamentos e ações para preparar o ambiente de trabalho para a inclusão de PCDs.
“Nós abrimos um setor de novos negócios e novos serviços justamente pensando nisso. A gente oferece palestras, treinamentos, mapeamento de acessibilidade, relatórios, porque a gente se preocupa não só com a entrada dessa pessoa na empresa, mas também com a sua estadia a longo prazo. Que esses talentos sejam verdadeiramente retidos ali dentro”, finaliza.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site Inklua.com