O estadunidense Robert Prevost foi eleito o novo papa. Nomeado Leão XIV, ele sucederá Francisco no comando da Igreja Católica. O conclave começou na terça-feira e terminou na tarde desta quinta (8).
Dominique Manberti foi incumbido pelo então papa Francisco de anunciar o próximo pontífice.
Papa Leão XIV é o primeiro papa norte-americano da história.

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Quem é Robert Prevost, o papa Leão XIV?
Robert Francis Prevost nasceu em 1955, em Chicago (EUA), e era bastante próximo do Papa Francisco, com quem compartilhava visões sobre meio ambiente, atenção aos pobres e migrantes. Missionário no Peru por muitos anos, também foi superior geral da Ordem dos Agostinianos por dois mandatos.
Com formação em Matemática, Teologia e Direito Canônico, Prevost foi ordenado padre em 1982. Atuou no Peru como chanceler, professor de seminário, pároco e vigário judicial. Em 1999, voltou aos EUA como superior provincial e, posteriormente, foi eleito líder mundial da ordem.
Em 2014, retornou ao Peru como administrador apostólico e, em 2015, tornou-se bispo de Chiclayo. De 2018 a 2023, foi vice-presidente da Conferência Episcopal Peruana, com papel relevante nas crises políticas do país. Também administrou provisoriamente a diocese de Callao.
Em 2023, foi nomeado prefeito do Dicastério para os Bispos, órgão responsável pela nomeação de bispos no mundo todo. No mesmo ano, foi criado cardeal por Francisco. Embora discreto na mídia, foi elogiado por sua escuta e capacidade de síntese.
Apesar do prestígio, seu nome enfrentou controvérsias ligadas à condução de casos de abuso sexual, tanto nos EUA quanto no Peru. Em ambos os casos, ele negou omissão e seus defensores afirmam que ele seguiu os procedimentos da Igreja. No Peru, o caso mais recente envolve uma acusação de pagamento de US$ 150 mil para silenciar vítimas.
Apesar disso, Prevost foi cogitado como candidato de consenso no Conclave de 2025, embora alguns analistas o considerem jovem demais e recente no colégio cardinalício para ser eleito papa.
Atualmente, ele integra sete dicastérios do Vaticano e a Comissão de Governança do Estado da Cidade do Vaticano, evidenciando a confiança que Papa Francisco depositava em sua gestão.