O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União), afirmou, nesta sexta-feira (11/7), que deseja uma Câmara Municipal (CMBH) “independente” e que vote o que “é bom” para a cidade. Na contramão da expectativa, o chefe do Executivo relembrou sua época como vereador e sugeriu que ex-companheiros de Câmara faziam “política” sobre votações.
Na fala, Damião mencionou o projeto de lei 1026/2020, que buscava autorizar a Prefeitura (PBH) a contratar operações de crédito no valor de 160 milhões de dólares (cerca de R$ 907 milhões à época) para realizar obras de melhorias na Bacia do Ribeirão Isidoro, que envolve o córrego Vilarinho. Na época, o PL foi rejeitado na CMBH.
“Por que você vai votar contra o empréstimo pra resolver o problema de chuva na Vilarinho? Como que você vai explicar isso pra população? Votar contra um projeto que vai resolver o problema das enchentes”, disse o prefeito na coletiva desta sexta (11/7).
Ao todo, 12 vereadores votaram contra o PL mencionado por Damião: Braulio Lara (Novo), Ciro Pereira (PTB), Fernanda Pereira Altoé (Novo), Flávia Borja (Avante), José Ferreira (PP), Marcela Trópia (Novo), Nikolas Ferreira (PRTB), Juliano Lopes (PTC), Professora Marli (PP), Rubão (PP), Wesley (Pros) e Wilsinho Tabu (PP).
“Eu não quero uma Câmara ‘eu tenho base, não tenho base’. A base vota o que ela acha que tem que votar, o que é bom. Só não pode fazer política com isso, de votar, de dizer ‘não’, por exemplo, como eu vi como vereador”, declarou.