STF inicia julgamento do Núcleo 4 com sete réus acusados de tentativa de golpe de Estado

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Segundo a denúncia, os acusados teriam espalhado notícias falsas sobre as urnas eletrônicas e atacado instituições e autoridades públicas (Rosinei Coutinho/STF)

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira (14/10) o julgamento da Ação Penal (AP) 2694, que envolve o chamado Núcleo 4 da trama golpista. O grupo é composto por sete réus denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Segundo a denúncia, os acusados teriam espalhado notícias falsas sobre as urnas eletrônicas e atacado instituições e autoridades públicas. Eles respondem ainda pelos crimes de organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

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Quem são os réus

  • Ailton Moraes Barros, ex-major do Exército
  • Ângelo Denicoli, major da reserva do Exército
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal
  • Giancarlo Rodrigues, subtenente do Exército
  • Guilherme Almeida, tenente-coronel do Exército
  • Marcelo Bormevet, agente da Polícia Federal
  • Reginaldo Abreu, coronel do Exército

Como será o julgamento

As sessões do julgamento serão presenciais e estão previstas para quatro datas:

  • 14 e 21 de outubro — sessões pela manhã (9h às 12h) e à tarde (14h às 18h)
  • 15 e 22 de outubro — apenas pela manhã (9h às 12h)

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A sessão será aberta com a leitura do relatório pelo relator, ministro Alexandre de Moraes. Em seguida, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, fará a sustentação da acusação.

Depois, as defesas dos réus terão até uma hora cada para apresentar seus argumentos, em ordem alfabética.

Votação e sequência

Concluídas as manifestações, Moraes apresentará seu voto, com análise das provas e dos fatos, indicando pela condenação ou absolvição de cada réu.

Na sequência, votam os ministros Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e, por último, Flávio Dino, presidente da Primeira Turma. A decisão será tomada por maioria de votos.

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Em caso de condenação, o relator também proporá as penas a serem aplicadas, que poderão ser ajustadas pelos demais ministros.

Recursos e próximos núcleos

Após a publicação do acórdão, defesas e PGR poderão apresentar embargos de declaração, para esclarecer eventuais contradições. Apenas se houver dois votos pela absolvição no mesmo crime, as defesas poderão recorrer por meio de embargos infringentes.

O Núcleo 4 é o segundo grupo julgado no conjunto de ações da trama golpista. O Núcleo 1 — que incluiu o ex-presidente Jair Bolsonaro — teve todos os réus condenados em 11 de setembro. Já o Núcleo 3, com dez acusados, será julgado de 11 a 19 de novembro.

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Roberth R Costa

Atuo há quase 13 anos com jornalismo digital. Coordenador Multimídia. Rede 98 | 98 News

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