Governador de Minas Gerais, Romeu Zema assumiu a presidência do Cosud (Consórcio de Integração Sul e Sudeste) nesse sábado (6/12). A eleição ocorreu por unanimidade durante o encerramento do 14º encontro do grupo, realizado no Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro.
O colegiado definiu que a próxima conferência será realizada em Minas Gerais, nos dias 20 e 21 de março de 2026.
Zema comentou a escolha e a estrutura atual da entidade. Ele já havia falado sobre o encontro em entrevista exclusiva na 98 News. Durante a conversa com o jornalista Paulo Leite, ainda falou da privatização da Copasa, Propag, e os cenários para as eleições de 2026. Assista a íntegra aqui.
“Muito feliz por ter sido escolhido por unanimidade por todos os governadores para ocupar o cargo de presidente do Cosud. Estarei à frente do Consórcio por pouco tempo, mas farei aquilo que estiver ao meu alcance. Agora que o Cosud já está juridicamente constituído, já tem recursos em caixa, quero entregar para o meu sucessor um Cosud que tenha feito avanços nesse período”, disse o governador.
Carta do Rio de Janeiro
O evento marcou a divulgação da “Carta do Rio de Janeiro”. O documento reúne propostas para o enfrentamento às facções criminosas com atuação interestadual e transnacional.
Entre as prioridades listadas pelos governadores estão:
- Integração tecnológica entre as forças policiais;
- Aperfeiçoamento de sistemas de identificação multibiométrica;
- Recuperação de ativos do crime organizado, com repasse dos valores aos estados responsáveis pelas operações;
- Mudanças na legislação penal para combater crimes de alta ofensividade.
Financiamento e apostas
O grupo defende a criação de fontes estáveis de financiamento para o setor. A principal sugestão é a destinação de parte da arrecadação da taxação das apostas esportivas (bets) para a segurança pública.
Os gestores solicitam ainda a abertura de linhas de crédito permanentes pelo BNDES voltadas à modernização tecnológica das polícias.
Romeu Zema criticou a legislação atual e reforçou a necessidade de taxar o setor de apostas.
“Temos de rever esse sistema, esse ordenamento jurídico que faz com que os criminosos fiquem na rua, precisamos de mais recursos para a segurança. As bets na minha opinião precisam ser taxadas. Hoje virou uma indústria de ganhar dinheiro que prejudica principalmente a população de menor renda”, afirmou Zema.
