Presidente da Fiemg (Federação das Indústrias de Minas Gerais), Flávio Roscoe defendeu o poder das empresas na transformação da sociedade. Em entrevista na 98 News, nesta quinta (22), ele afirmou que os empresários não são inimigos, como são vistos muita vezes, e que o papel de um bom governo é não atrapalhar o desenvolvimento dos negócios, mas sim fomentar um ambiente para que floresçam.
“Boa parte das pessoas não entende o impacto da atividade de empreender. No Brasil, os governos sempre se colocaram como antagonistas dos empresários. Toda vez que você delineia inimigos você tira atenção dos seus próprios problemas”, diz Flávio.
“Muitas vezes foi colocado como se os empresários fossem antagonistas da sociedade, usurpadores da sociedade, quando na verdade eles fazem exatamente o contrário”, defende.
Flávio Roscoe diz ainda que nenhuma empresa nasce grande, sendo necessário investimento para desenvolver os negócios. “Aquelas pessoas que muitas vezes são de origem humilde, que não tinham nada e começam a empreender, elas saem da sua zona de conforto e muitas vezes montam um pequeno negócio. Nenhuma empresa nasce grande. Toda empresa nasce pequena e ela vira grande se for competente ou não. Se ela ao longo do tempo se organiza, se transforma, muda e vai, de certa maneira, se estruturando”.
Sobre o papel dos governos no contexto empresarial, Roscoe diz que um governo bom não atrapalha, mas ajuda no desenvolvimento dos negócios.
“As empresas têm um poder enorme de transformação da sociedade. E os governos gostam de falar que são eles que fazem isso. O governo, quando muito, ele não atrapalha. O papel do governo bom é não atrapalhar. É criar um ambiente de negócio bom para que as empresas possam florescer”, avalia.