Reinaldo Lima, ex-atacante e ídolo do Atlético, recebeu, nesta terça-feira (02/12), o pedido de perdão e indenização do Governo Federal por perseguição durante a ditadura militar. A concessão foi feita pela Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.
O ex-jogador alvinegro vai receber o valor de R$100 mil do Governo depois do colegiado tomar a decisão de maneira unânime. Segundo a relatora, Rita Maria de Miranda Sipahi, a indenização será paga em parcela única.
“A anistia é mais importante do que a reparação financeira. O pedido público de desculpas do Estado pela perseguição que sofri é o que realmente vale”, afirmou Reinaldo, que chegou a ser monitorado pelo Sistema Nacional de Informações (SNI), ligado ao regime militar no final da década de 1970 e início da década de 1980.
Dentro de campo, Reinaldo ficou marcado por comemorar gols com o punho cerrado, em gesto de resistência política que fazia alusão aos Panteras Negras. O ex-jogador também falava sobre a retomada da democracia, provocando a vigilância militar.
O ex-camisa 9 também já declarou que acredita ter ficado de fora da Copa de 1982 por conta da perseguição da ditadura. Na época, o técnico da Seleção Brasileira, Telê Santana, alegou que o atleticano estava sem condições físicas, mas Reinaldo afirma que estava bem e que o comportamento fora de campo foi decisivo.
