Prisão domiciliar de Bolsonaro é medida para “garantir a aplicação da pena”, diz advogado criminalista

Siga no

Sobre a proporcionalidade da prisão domiciliar, o criminalista avaliou que, a princípio, não identificou ações diretas recentes de Bolsonaro que descumprissem as restrições, mas entendeu o receio do ministro (Foto: Lula Marques/Agência Brasil).

Compartilhar matéria

A decretação da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro pelo ministro Alexandre de Moraes, na noite desta segunda-feira (4/8), foi analisada em entrevista à 98 News, pelo advogado criminalista André Vartuli. Segundo ele, a medida é resultado do entendimento de que o ex-presidente descumpriu as condições das medidas cautelares, como o uso da tornozeleira eletrônica e o afastamento de determinadas pessoas e locais.

De acordo com o advogado, Moraes entendeu que Bolsonaro utilizou aliados e familiares para fomentar ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), mesmo sem declarações diretas. “O ministro usou o termo ‘dissimular’ em sua decisão, ao afirmar que Bolsonaro se valeu dos filhos e aliados para atacar institucionalmente o STF”, destacou. Ele citou como exemplo falas de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos e do deputado Nikolas Ferreira, que foram interpretadas como incentivadas pelo ex-presidente.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Vartuli também lembrou que a prisão domiciliar é uma das medidas mais graves antes da prisão preventiva, usada apenas quando há risco concreto ao processo judicial. “O próximo passo, caso haja novo descumprimento, seria a prisão preventiva”, explicou. O advogado reforçou que a chamada última ratio (último recurso) só deve ser aplicada quando não há mais garantias de que o processo seguirá seu curso normalmente.

Sobre a proporcionalidade da medida, o criminalista avaliou que, a princípio, não identificou ações diretas recentes de Bolsonaro que descumprissem as restrições, mas entendeu o receio do ministro. “Parece mais uma forma de Moraes tentar salvaguardar sua decisão futura, caso Bolsonaro seja condenado. Há um temor de que ele, solto, possa articular pressões políticas ou diplomáticas que dificultem a execução da pena”, opinou.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Por fim, Vartuli afirmou que não teve acesso ao pedido da Procuradoria-Geral da República, mas disse que, à primeira vista, a decisão está baseada em uma estratégia de contenção e proteção ao processo penal. “É uma medida para garantir a integridade da decisão judicial e a aplicação da pena, se for o caso”, concluiu.

Compartilhar matéria

Siga no

Webstories

Mais de Entretenimento

Mais de 98 News

Vice-presidente da Câmara diz que pautará anistia se Hugo Motta sair do país

Oposição ocupa plenários do Congresso em protesto por anistia e impeachment de Moraes

Tarifaço de Trump pode tirar R$ 110 bilhões da economia brasileira, aponta estudo da FIEMG

“Tax Note”; brasileiro explica ‘novela’ do tarifaço ao estilo do anime Death Note

EUA criam caução de até R$ 82 mil para vistos de turismo e negócios; Brasil fica fora da lista inicial

Cesta básica tem quarta queda seguida em Belo Horizonte, mas custo segue alto

Últimas notícias

América anuncia Paulo Assis como novo diretor executivo de futebol

Alckmin afirma que tarifaço imposto por Trump é ‘totalmente injustificável’

Neste Dia dos Pais, surpreenda com os sabores da Pastelaria Marília de Dirceu; encomende online ou visite a loja

Parada cardíaca provocou morte de Ozzy Osbourne, revela atestado de óbito

Ídolo do Porto, Jorge Costa morre aos 53 anos e recebe homenagens de Cristiano Ronaldo e mais jogadores

Bistrô Birosca deixa o Santa Tereza após 13 anos e anuncia novo endereço em BH

PBH está com inscrições abertas para cursos gratuitos de gastronomia

Licenciamento ambiental: o que muda com o novo marco legal

Clube norueguês premia melhor em campo com 55 kg de batatas