Anistia, isenção do IR e cassações: veja as principais pautas do Congresso esse semestre

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Pautas da oposição e da base prometem agitar o semestre legislativo, em Brasília (Foto: Laycer Tomaz / Câmara dos Deputados)

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Brasília “reabriu suas portas” nesta segunda-feira (4), com a volta dos trabalhos legislativos no Congresso Nacional.

O semestre promete ser agitado na capital federal, com uma pauta extensa e recheada de itens considerados controversos.

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Entre as prioridades de votação, estão anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro, cassações de mandatos, isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil, taxação das bets e de títulos de investimentos isentos, além da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Veja quais são as principais pautas do Congresso Nacional, para o segundo semestre de 2025:

Anistia para o 8 de janeiro

O projeto de lei que concede anistia aos acusado de envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 é considerado a prioridade para os deputados do Partido Liberal (PL), legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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A tramitação da proposição foi anunciada como urgente pela oposição, em uma resposta à imposição de medidas cautelares a Bolsonaro, determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 18 de julho. Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro tem entre as restrições o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de utilizar as redes sociais e o recolhimento domiciliar à noite e nos fins de semana. Sanções impostas por Moraes foram referendadas pela Primeira Turma do STF, por 4 votos a 1.

Cassação de mandatos

Outro item na pauta é a cassação de mandatos parlamentares. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados está tramitando o processo de cassação de Carla Zambelli (PL-SP), que pode ser levado a plenário ainda neste mês. Após passar dois meses foragida na Itália, a parlamentar foi presa na última semana, condenada a dez anos de prisão pelo STF por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Além disso, o Partido dos Trabalhadores (PT) pretende pressionar a votação pela cassação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que diz estar trabalhando nos Estados Unidos para articular as sanções contra a economia brasileira. Ele é investigado por obstrução à Justiça em relação ao processo que apura a suposta tentativa de golpe de Estado depois da eleição de 2022.

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Outro parlamentar que pode perder o mandato neste semestre é o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), que teve a cassação aprovada pelo Conselho de Ética da Câmara, acusado de quebra de decoro por expulsar da Casa um militante de extrema direita que o provocava. A decisão precisa ser confirmada no plenário. Glauber chegou a fazer greve de fome contra o processo que pode destituí-lo do cargo.

Isenção do IR para quem recebe até R$ 5 mil

As reformas no sistema tributário brasileiro também são destaque para o semestre. Um dos projetos prioritários na Câmara é a votação da isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas que ganham até R$ 5 mil mensais, além da redução parcial de imposto para aqueles que recebem até R$ 7 mil. Bandeira tem sido levantada com frequência pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em seus discursos.

Apresentado pelo governo Lula em março, o projeto de lei foi aprovado no dia 16 de julho em uma comissão especial da Câmara. Agora, o texto seguirá para o plenário e será prioridade no segundo semestre, segundo o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). Se avançar, a proposta vai ao Senado.

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Além da isenção para quem recebe salário de até R$ 5 mil, a proposta prevê uma faixa de transição para rendas mensais entre R$ 5 mil e R$ 7,3 mil. Em contrapartida, será cobrada uma taxa extra progressiva de até 10% para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês.

Taxações “BBBs”

Junto com o projeto de mudanças no IR, o PT tenta emplacar a votação da medida provisória das “taxações BBBs”, que incluem bilionários, bancos e bets. A MP prevê o aumento da taxação das empresas de apostas online, as chamadas bets, e a tributação de títulos de investimentos hoje isentos, como a Letra de Crédito Agropecuário (LCA).

Votação da LDO

Além disso, senadores e deputados voltam aos trabalhos neste mês com a pendência da votação do projeto de Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO). O texto que orienta a elaboração do Orçamento deveria ter sido enviado à sanção presidencial há duas semanas, em 17 de julho. Como não foi aprovado, o projeto deve ser uma das prioridades do Congresso.

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O projeto define regras que vão orientar o governo a elaborar o Orçamento do próximo ano, estabelece metas e prioridades para 2026 e prevê um superávit de R$ 34 bilhões. Senadores e deputados podem oferecer emendas ao projeto de lei entre os dias 5 e 14 de agosto.

Mineração em terras indígenas

Outra questão em votação será a autorização para mineração em terras indígenas. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), criou em abril deste ano um grupo de trabalho para analisar a proposta de regular mineração em territórios indígenas.

Nesse mês de agosto, sob relatoria da senadora Damares Alves (Republicanos-DF), o projeto que autoriza garimpo nas terras indígenas será votado na Comissão de Direitos Humanos.

Aumento no número de deputados

No plenário do Congresso Nacional, os deputados devem analisar também o veto do presidente Lula ao projeto que aumenta o número de deputados federais de 513 para 531.

O presidente vetou a proposta no dia 16 de julho, e cabe agora aos congressistas decidirem se vão manter ou derrubar a decisão do presidente.

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