No Visão Macro de hoje, vamos falar um pouco mais sobre a diferença dos dois grandes blocos para pensar comércio internacional, o porquê, de fato, as nações acabam negociando e geram interdependência entre si. No primeiro bloco temos os modelos clássicos de vantagens comparativas, à la David Ricardo desde o século XVIII.
Isso é, o que explica, de fato, o padrão de comércio, o que se produz e o que se troca é explicado por fatores que dependem de mercados competitivos e retornos constantes de escala na margem.
Isso é, pode ser ligado, por exemplo, com abundância de fatores de produção específicos, ao contrário do segundo bloco, por exemplo, que temos uma dependência muito maior de tamanho, seja tamanho da indústria ou seja um conjunto de firmas que, mesmo competindo entre si, vieram a ter ganhos específicos por juntar em termos de distritos industriais.
Isso é, gerando benefícios de transbordamento, de conhecimento, de fornecedores de mão de obra especializada localizada. Obviamente, também podemos falar sobre o tamanho da firma em si ou da empresa em si, o que tem uma característica muito mais de competição não perfeita ou de competição monopolística e outros sistemas específicos de competição. Aqui, o que importa é a escala. Isso sim, né?
Ou seja, olhar para, à medida que aumentamos a produção, o custo total médio dessa produção continua decrescente. De forma, né, que firmas específicas ou indústrias específicas localizadas em distritos industriais específicos deveriam absorver maiores ganhos, né, para todos, ou seja, inclusive com efeitos deflacionários ao longo do tempo. Esse segundo bloco tem uma característica, então, de retornos crescentes de escala.
É muito importante separarmos ambas as visões, porque nem sempre, né, o mais óbvio é o que explica necessariamente o padrão de comércio.