Dia mundial do Meio Ambiente: hora de agir

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Este ano, o Dia Mundial do Meio Ambiente, terá como tema " O Fim da Poluição Plástica Global". (Foto: freepik.com)

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O Dia Mundial do Meio Ambiente de 2025, comemorado todo dia 5 de junho, terá como foco o fim da poluição plástica. A República da Coreia sediará as comemorações globais.

A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1972, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo, e tem como objetivo principal chamar a atenção de todas as esferas da população para os problemas ambientais e para a importância da preservação dos recursos naturais, que até então eram considerados, por muitos, inesgotáveis.

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Nessa Conferência, que ficou conhecida como Conferência de Estocolmo, iniciou-se uma mudança no modo de ver e tratar as questões ambientais ao redor do mundo, além de serem estabelecidos princípios para orientar a política ambiental em todo o planeta. Apesar do grande avanço que a Conferência representou, não podemos afirmar, no entanto, que todos os problemas ambientais foram resolvidos, ao contrário, muitos deles continuam a impactar negativamente o planeta.

Este ano, o Dia Mundial do Meio Ambiente, terá como tema ” O Fim da Poluição Plástica Global”.

O Dia Mundial do Meio Ambiente deste ano acontece exatamente dois meses antes de os países se reunirem novamente para continuar negociando um tratado global para acabar com a poluição plástica .

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Desde sua popularização nas décadas de 1950 e 1960, o plástico revolucionou indústrias, logística, saúde e o cotidiano da sociedade moderna. No entanto, seu uso desenfreado e sua durabilidade geraram uma crise ambiental sem precedentes. 

O mundo vive situações de extremos climáticos que tem causado todo tipo de danos, inclusive morte de seres humanos, em tragédias como chuvas torrenciais, enchentes, incêndios florestais, secas, terremotos e erupções vulcânicas. E eu com isto?

A liderança das instituições supra e nacionais são vitais quando enfrentamos uma preocupante intensificação de uma  crise planetária ambiental.

Nas últimas cinco décadas, a data cresceu e se tornou uma das maiores plataformas globais para a sensibilização ambiental. Dezenas de milhões de pessoas participam juntamente a governos, empresas, cidades e organizações comunitárias.

O aumento de eventos extremos está acontecendo com uma frequência nunca antes vista. Por isso, a mudança do clima global tem sido objeto das últimas reuniões focadas em meio ambiente da ONU.

Dentre os principais problemas que afetam o meio ambiente, podemos destacar o descarte inadequado de lixo, geração de resíduos, a falta de coleta seletiva e de projetos de reciclagem, consumo exagerado de recursos naturais, desmatamento, inserção de espécies exóticas, mudanças climáticas, extinção de espécies, poluição do ar e da água, desperdício de água, esgotamento do solo, fome e desemprego e superpopulação.

Conter as mudanças climáticas a partir de mecanismos aplicáveis globalmente. Este é o objetivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), ao realizar anualmente a Conferência das Partes (COP, na sigla em inglês para Conference of the Parties).

A COP-30 será o evento mais importante do calendário ambiental patrocinado pela ONU, e acontecerá em Belem, capital do Pará sob a coordenação do Brasil. 

O desenvolvimento sustentável é a resposta que o mundo espera para fazer frente às grandes questões socioambientais apresentadas. Ela exprime a relação entre crescimento econômico, conservação ambiental e preocupação social. A partir da sensibilização da sociedade em razão do uso irracional dos recursos naturais e dos impactos ambientais gerados pela ação humana, o conceito de crescimento sustentável se coloca como uma alternativa, que promove a interdependência entre economia, meio ambiente e sociedade.

O conceito de desenvolvimento sustentável remete à importância de três princípios para a sua efetivação: os princípios econômicos, ambientais e sociais. Essas ações remetem ainda ao conceito de sustentabilidade, que está ligada à promoção de ações que ofereçam sustentação para o crescimento econômico, a preservação ambiental e a redução da desigualdade social.

O mundo tem reagido positivamente aos muitos desafios ambientais existentes, com novos modelos de governança como a adoção por países e empresas dos princípios ESG, os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, ações de redução das emissões de gás efeito estufa – GEE.

Os países signatários da Conferência de Biodiversidade da ONU- COP 16, realizada em Cali em 2024, avaliaram a implantação do Marco Global da Biodiversidade  que estabelece metas globais para a sua conservação até 2030.. Estes objetivos incluem preservar um terço da natureza do planeta, proteger ecossistemas vitais, como florestas tropicais e pântanos,  os direitos dos povos indígenas, planos de gestão de resíduos sólidos, municipais, estaduais e nacionais, de gestão das águas, novos modelos de gestão da atividade mineração, com adoção das melhores práticas, o de veículos híbridos e o aumento na matriz energética das fontes renováveis.

O Brasil tem assistido o aumento de queimadas e destruição de diversos habitats, em especial a floresta amazônica, palco da próxima COP 30.

E eu com isto?

Apesar de muitos acreditarem que a mudança deve acontecer em escala mundial e que apenas uma pessoa não consegue mudar o mundo, é fundamental que cada um faça a sua parte e que toda a sociedade reivindique o cumprimento das leis ambientais. Todos devemos assumir uma postura de responsabilidade ambiental, pois só assim conseguiremos mudar o quadro atual, vivermos na plenitude o desenvolvimento sustentável.

O esforço que vem sendo feito em todo o mundo, neste tema, nos faz ter esperança, e concluir que podemos comemorar sobretudo a conscientização ambiental de toda a população mundial.

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Enio Fonseca

Engenheiro Florestal especialista em gestao socioambiental. CEO da Pack of Wolves Assessoria Socioambiental, Conselheiro do FMASE. Foi Superintendente do Ibama, Conselheiro do Copam e Superintendente de Gestão Ambiental da Cemig. Membro do IBRADES , ABDEM, ADIMIN, da ALAGRO E SUCESU

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