Tá pensando em se candidatar? Quer ficar bem na fita? Então esquece o marqueteiro e contrata um estilista. Pode explicar por quê?
Olha, eu já pensei em me candidatar várias vezes, mas acabo sempre desistindo… porque eu simplesmente não fico bem de branco. Que que tem a ver? Tudo.
Na origem do termo, candidatar-se era literalmente “vestir-se de branco”. E era só disso que eu tava falando. O termo candidato, que hoje a gente usa num contexto político, vem daí.
Na Roma Antiga, quem pretendia ocupar um cargo público precisava vestir uma túnica branca, alvejada com giz — a famosa toga cândida. A pessoa assim vestida tornava-se um candidatus, ou seja, um candidato.
O gesto era simbólico: mostrava que o sujeito estava “revestido” de pureza, transparência e integridade — valores que os romanos associavam ao branco (candidus, em latim).
Essa herança chegou ao português. A palavra cândido manteve o sentido de inocência. E também chegou ao inglês — candid, que significa honesto, franco.
Agora, sejamos sinceros: os políticos romanos não eram muito diferentes dos de hoje. A túnica branca era só uma tentativa de maquiar a imagem pública, fingindo uma conversão moral. O truque mais velho do marketing: mudar a embalagem pra mudar a percepção do produto.
A toga cândida romana era o equivalente aos bonés e camisetas de campanha que a gente vê hoje. Pensando bem… melhor contratar o marqueteiro mesmo. E aí, gostou da história? Então vota em mim, e depois eu conto outra.