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O plano permitiu a reestruturação de uma dívida superior a R$ 55 bilhões, envolvendo cerca de 10 mil credores (Tânia Rego/Agência Brasil)

O plano permitiu a reestruturação de uma dívida superior a R$ 55 bilhões, envolvendo cerca de 10 mil credores (Tânia Rego/Agência Brasil)

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Em 11 de agosto de 2025, a Samarco concluiu oficialmente seu processo de recuperação judicial, iniciado em 2021. A decisão foi tomada pela 2ª Vara Empresarial de Belo Horizonte, após a comprovação de que a mineradora — controlada pela Vale e pela BHP, duas gigantes mundiais da mineração — cumpriu as obrigações previstas no plano homologado em 2023.

O plano permitiu a reestruturação de uma dívida superior a R$ 55 bilhões, envolvendo cerca de 10 mil credores. Segundo a empresa, a maior parte das ações previstas foi concluída ainda no início de 2024, preservando a capacidade operacional e mantendo o compromisso com as obrigações socioambientais e a reparação dos danos do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, ocorrido em 2015.

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Originalmente, o encerramento da recuperação estava previsto apenas para 2027. Mas o juiz Murilo Silva de Abreu entendeu que a companhia já pode seguir suas operações sem supervisão judicial. Para a Samarco, esse é um marco importante na trajetória de reestruturação, pois garante o reequilíbrio econômico-financeiro e cria bases sustentáveis para o crescimento.

Atualmente, a empresa opera com 60% da capacidade original — cerca de 27 milhões de toneladas anuais de pelotas — e espera atingir 100% até 2028. No segundo trimestre de 2025, registrou produção recorde de 3,9 milhões de toneladas, mas ainda fechou o período com prejuízo de aproximadamente US$ 1,7 bilhão, influenciado pela variação cambial e por provisões ligadas à reparação.

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Segundo o presidente da mineradora, Rodrigo Vilela, a Samarco manteve e gerou empregos, arrecadou impostos e compartilhou valor com a sociedade, reafirmando seu papel social e econômico. O encerramento da recuperação judicial representa, assim, um novo capítulo para a companhia, que segue diante do desafio de equilibrar desempenho operacional e responsabilidades socioambientais.

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Leonardo Gandara

Graduado em Direito pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), especialista em Legislação e Regulação Ambiental (Ecobusiness School), MBA em Direito da Energia (FGV Rio) e Mestre em Direito Público (PUC Minas). Advogado, Gerente Jurídico da Equinox Gold, atua na indústria da mineração há mais de 20 anos, além de processos de reparação de desastres; professor em cursos de pós-graduação e autor de artigos científicos.

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