Considerações Técnicas em Defesa da Jornada 6×1

Siga no

(IMAGEM ILUSTRATIVA/Tânia Rego/Agência Brasil)

Compartilhar matéria

A jornada de trabalho no regime 6×1, conforme prevista no artigo 67 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), permite a prestação de serviços por seis dias consecutivos, com um dia obrigatório de descanso remunerado. Este modelo tem se mostrado funcional e eficiente para uma ampla gama de setores que exigem operação contínua, como comércio, serviços essenciais, saúde, segurança, transporte e indústrias com produção ininterrupta.

A manutenção da jornada 6×1 é tecnicamente justificável por diversos fatores:

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

1. Compatibilidade com a CLT e princípios constitucionais: O modelo respeita os limites constitucionais de jornada (44 horas semanais) e assegura o direito ao repouso semanal remunerado, sem ferir os preceitos de dignidade do trabalho.

2. Viabilidade operacional e econômica: A jornada 6×1 permite escalas mais flexíveis, otimização de turnos e redução de custos com contratação adicional, o que se reflete diretamente na sustentabilidade financeira de empresas e na manutenção de empregos.

3. Setores com demanda contínua: Em segmentos cuja demanda não se interrompe aos fins de semana ou feriados, o 6×1 viabiliza a prestação de serviços sem comprometer o atendimento ao público e sem sobrecarga de horas extras.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

4. Previsibilidade e controle: A jornada 6×1 permite o planejamento de escalas com antecedência, favorecendo o controle de jornadas, o cumprimento de intervalos legais e o equilíbrio entre atividade e descanso.

5. Impactos na empregabilidade: A revogação indiscriminada do regime 6×1 pode gerar aumento do custo de mão de obra, pressionando as empresas a reduzir quadros funcionais ou automatizar processos, impactando diretamente o índice de empregabilidade.

Portanto, do ponto de vista técnico e normativo, a jornada 6×1 continua sendo um instrumento legítimo e funcional de organização do trabalho. Qualquer proposta de alteração deve ser precedida de amplo debate técnico, com avaliação de impactos setoriais, sociais e econômicos, sob risco de desorganizar mercados inteiros e comprometer a prestação dos serviços

Compartilhar matéria

Siga no

Paulo Leite

Sociólogo e jornalista. Colunista dos programas Central 98 e 98 Talks. Apresentador do programa Café com Leite.

Webstories

Mais de Entretenimento

Mais de 98

Super Quarta no radar: Brasil e EUA decidem rumos da política monetária

A conta da inexperiência: por que profissionais prontos valem cada centavo

Indústria automotiva em marcha lenta: o Brasil perde espaço no cenário global

Brasil x EUA: quem corta juros primeiro e o que isso muda para a nossa economia

Que cheiro tem o seu dinheiro? Uma viagem pela história

Condomínio em BH chega a R$ 3,4 mil; veja os bairros mais caros da capital

Últimas notícias

Leonardo Jardim celebra força do banco de reservas do Cruzeiro na vitória contra o Bahia

Alterações mudam jogo e Cruzeiro vence o Bahia, de virada

Polícia Civil abre inquérito para apurar importunação sexual contra filha do goleiro Everson

Moraes mantém prisão domiciliar de cabelereira que pichou ‘Perdeu, mané’, em estátua do STF

Justiça aceita denúncia contra assassino confesso do gari Laudemir, em BH

Sampaoli não poupa titulares do Atlético para enfrentar o Bolívar; veja lista de relacionados

FGTS de domésticas: mais de 80 mil empregadores devem regularizar benefício

À Fox, Rubio promete novas sanções dos EUA ao Brasil

Atacantes do Atlético não marcam a sete jogos e vivem ‘seca’ de gols na temporada