Ser um grande vocalista é uma coisa, mas ser um frontman de verdade é um nível completamente diferente. Para Dave Grohl, essa é uma distinção essencial no rock: não basta apenas ter uma voz impecável no estúdio, é preciso comandar um palco e cativar milhares de pessoas ao vivo.
Embora tenha se tornado um dos nomes mais carismáticos do rock, Grohl admite que nunca teve a intenção de ocupar essa posição. Seu primeiro amor, quando fez parte da formação do Nirvana, sempre foi a bateria, e quando formou o Foo Fighters, o objetivo era apenas lançar suas próprias músicas, sem sequer imaginar que acabaria liderando uma das maiores bandas das últimas décadas.
Ao tocar com Kurt Cobain, Grohl teve a oportunidade de observar de perto o que tornava alguém um verdadeiro líder de palco. No entanto, ao invés de tentar copiar qualquer estilo, ele entendeu que o segredo era ser autêntico.
Leia também: Slipknot cede ao desejo de Corey Taylor e toca música ‘odiada’ pela banda
Mas, se existe um artista que realmente dominava essa arte, para Grohl esse nome é Freddie Mercury. Em entrevista à Far Out, ele afirmou que ninguém foi tão grandioso no palco quanto o vocalista do Queen. Como exemplo, citou a performance icônica do Live Aid, em 1985, destacando a forma como Mercury controlava a multidão com gestos e palavras.
“Se você assistir ao Live Aid e analisar cada detalhe da performance de Freddie, vai entender como ele era capaz de controlar 100 mil pessoas com uma palavra”, disse o artista.
Para Grohl, essa capacidade de se conectar com o público de maneira tão natural e intensa é o que separa os bons vocalistas dos maiores frontmen da história. Mercury não só cantava com maestria, mas tinha uma presença de palco que até hoje permanece inigualável.
Mesmo décadas após sua morte, o impacto de Freddie Mercury segue vivo, e sua influência no rock continua tão forte quanto antes. Se alguém ainda tem dúvidas sobre quem foi o maior frontman de todos os tempos, Dave Grohl já deu a resposta.