A aprovação de uma nova lei vai impulsionar a economia que movimenta as associações de proteção veicular. Essa é a avaliação de Kleber Vitor, presidente da FEMG, a maior federação do Brasil a representar o setor. O mercado já gera pelo menos 2 milhões de empregos no país e agora conta com uma regulamentação.
“O Brasil é um país rodoviário. Com esse processo agora no setor, acredito que, estatisticamente, vamos ter uma boa surpresa, bem provável empregarmos mais de 2 milhões de pessoas, levando em conta oficinas, consultores e todas as movimentações”, avalia.
O impacto econômico e a alta empregabilidade não são os únicos pontos positivos a serem destacados com a regulamentação das associações. A proteção veicular deve se expandir ainda mais no Brasil. Hoje estima-se que as seguradoras atendam somente 30% da frota de veículos existente no país.
Democratização da proteção
“As seguradoras sempre cuidaram muito da classe A e B. O povo de renda popular, das classes C e D, não tinha proteção patrimonial”, explica o deputado federal Reginaldo Lopes, um dos apoiadores da Lei Complementar 213/2015.
Nesse cenário, as associações de proteção veicular ganharam força. “A criatividade dos setores econômicos criou uma alternativa que foi o mutualismo, o associativismo. Grupos se uniram para garantir a proteção do seu patrimônio, que às vezes também é o seu instrumento de trabalho”, completa.
Sancionada neste ano, a lei estabelece uma série de ações para garantir os direitos dos associados. Com isso, a Susep (Superintendência de Seguros Privados) passa a validar processos que redobram a segurança no setor.
“Nós esperamos que a concorrência seja fomentada, porque isso [a regulamentação] pode atrair a atenção de outros de outras camadas da população para uma alternativa ao seguro. E aí o segurado vai ter muita clareza sobre como são os contratos e as ofertas”, avalia Carlos Queiroz, diretor da SUSEP (Superintendência de Seguros Privados).
Confira o podcast da 98 sobre o tema: