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72% das áreas queimadas nos últimos 40 anos sofreram com o fogo apenas uma vez, o que indica novas frentes de avanço (Foto: SOS Mata Atlãntica)

72% das áreas queimadas nos últimos 40 anos sofreram com o fogo apenas uma vez, o que indica novas frentes de avanço (Foto: SOS Mata Atlãntica)

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O aumento exponencial das queimadas no Brasil já vem trazendo resultados negativos para a vegetação do país. Um levantamento inédito feito pela MapBiomas mostra que quase metade de toda a área queimada no país, desde 1985, aconteceu só nos últimos dez anos. A pesquisa traz ainda um alerta para a Mata Atlântica, bioma que inclui boa parte de Minas Gerais, e que bateu recorde de área queimada em 2024.

Na Mata Atlântica, 72% das áreas queimadas nos últimos 40 anos sofreram com o fogo apenas uma vez, o que indica novas frentes de avanço. O Cerrado, que cobre boa parte de Minas, é o bioma com maior recorrência do fogo: há regiões que queimaram mais de 16 vezes em 40 anos.

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Em entrevista à Rádio 98News, nesta terça-feira (24/6), a pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e coordenadora técnica do MapBiomas Fogo, Vera Arruda, comentou sobre os incêndios da Mata Atlântica em Minas.

“Cerca de 48%, quase metade de tudo que queimou entre 1985 a 2024, foi vegetação nativa e a outra parte foi em áreas antrópicas, principalmente passagem. O que a gente observa no estado, na verdade, é um padrão diferente, que tem a presença do fogo em vegetação nativa, em áreas naturais, mas também observamos que é muito usado provavelmente para manejo de pastagem como uma ferramenta”, disse Vera

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A pesquisadora também alertou sobre os impactos dos incêndios na vegetação do estado, sobre como um aumento gradativo de áreas queimadas pode significar uma dificuldade da vegetação em se recuperar dos danos, tornando-se cada vez mais inflamável e afetando os ecossistemas de Minas Gerais que são frágeis.

Para Vera, os incêndios podem trazer não só impactos na vegetação, mas também na vida da população mineira. A pesquisadora indicou que, nos últimos anos, em épocas de grandes incêndios no estado, “a qualidade do ar ficou muito abaixo do recomendado”, o que prejudicou a qualidade de vida dos mineiros.

Em 2024, 30 milhões de hectares queimaram no Brasil, 62% acima da média histórica.

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*Estagiário sob supervisão do coordenador Wagner Vidal

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