O presidente do Corinthians, Augusto Melo, foi indiciado pela Polícia Civil de São Paulo nesta quinta-feira (22/5), após a conclusão do inquérito sobre o caso ‘VaideBet’. A investigação aponta o repasse de pagamentos ilegais a empresas de fachada ligadas ao crime organizado, especificamente ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Melo é acusado de associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro.
Além disso, o presidente do clube paulista enfrenta um processo de impeachment, movido pelo Conselho Deliberativo do Corinthians. Em janeiro de 2025, ele foi afastado temporariamente da presidência, mas retornou ao cargo após decisões judiciais suspenderem o andamento do processo.
Diante da crise institucional, seis diretores do Corinthians anunciaram que entregarão seus cargos caso Augusto Melo não renuncie à presidência. A votação que pode determinar o afastamento definitivo do dirigente está marcada para a próxima segunda-feira (26/5).
Relembre o caso
O escândalo veio à tona no ano passado, após a casa de apostas VaideBet rescindir o contrato de patrocínio máster recém-assinado com o Corinthians. O acordo, avaliado em mais de R$ 360 milhões por três anos, era o maior da história entre clubes sul-americanos. A plataforma alegou violação de cláusulas anticorrupção, após a revelação de que a empresa Rede Social Media Design LTDA havia sido contratada para intermediar a parceria.
A intermediária recebeu R$ 1,4 milhão em comissões, e parte desse valor foi transferida para empresas de fachada com ligações ao PCC, segundo as investigações. O caso desencadeou uma série de desdobramentos criminais e políticos, afetando diretamente a gestão de Augusto Melo e mergulhando o Corinthians em uma de suas maiores crises institucionais.