O ministro do STF Alexandre de Moraes autorizou, nesta segunda-feira (26/5), a abertura do inquérito da PGR para investigar suposta atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras.
Moraes foi designado relator do inquérito por determinação do presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, já que é o responsável por investigações conectadas à ação de Eduardo Bolsonaro.
Além disso, o ministro autorizou também que Eduardo Bolsonaro preste esclarecimentos por escrito no inquérito aberto, devido ao deputado estar fora do país.
Entre as determinações imediatas de Moraes estão o monitoramento das postagens de Eduardo Bolsonaro nas redes sociais, a oitiva de Jair Bolsonaro, apontado como beneficiário direto das condutas investigadas, a convocação dos deputados Lindbergh Farias e do próprio Eduardo Bolsonaro para prestar esclarecimentos.
O ministro ainda determinou que o Itamaraty informe quais autoridades diplomáticas brasileiras nos EUA podem colaborar com a investigação.
PGR aponta intimidação de ministros
A PGR apontou postagens e declarações de Eduardo Bolsonaro com um tom considerado intimidatório contra autoridades e pediu abertura do inquérito.
O procurador-geral, Paulo Gonet, analisou discursos feitos pelo deputado licenciado, nos quais ele diz que o avanço da análise da suposta tentativa de golpe do 8 de janeiro de 2023 vai levar ao aumento da pressão por sanções dos Estados Unidos a integrantes do Supremo.
No domingo, Alexandre de Moraes pediu a abertura do caso e, nesta segunda-feira, levantou o sigilo da ação.