O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, detalhou a saúde pública do estado em entrevista na 98 News nesta quarta-feira (18/6). Ele explicou os prazos para entrega de hospitais regionais, falou sobre o modelo de gestão do Hospital Padre Eustáquio e comentou os desafios enfrentados pelos consórcios municipais de saúde, especialmente em relação ao Samu.
Hospitais regionais
A respeito dos hospitais regionais, Simões diz que cinco deles estão com obras em andamento. “Cinco hospitais estão com obras em andamento. O de Divinópolis sendo entregue agora na virada do mês de julho para o mês de agosto. A EBSER, a empresa federal de gestão hospitalar para as universidades, assume o hospital nesse momento”.
Segundo o vice-governador, as próximas entregas devem ocorrer em Teófilo Otoni, Governador Valadares, Sete Lagoas e Conselheiro Lafaiete. “Na sequência a gente entrega Teófilo Otoni, no mês de agosto, virando para o mês de setembro. A Fundação Mario Pena é a responsável por conduzir o hospital Teófilo Otoni, vai ser o maior hospital do interior de Minas, mais de 400 leitos SUS, muda completamente a realidade do Vale do Mucuri.”
Por outro lado, Simões confirmou que o hospital de Juiz de Fora foi retirado da lista de hospitais regionais. “Juiz de Fora já tem um grande hospital regional e um grande hospital universitário. A decisão foi que, já que a prefeitura não conseguiu fazer a parte dela do contrato — a prefeitura do PT lá — nós vamos colocar dinheiro para um novo centro de urgência, uma UPA grande, nova regional.”
Complexo de Saúde Hospital Padre Eustáquio
Sobre o Hospital Padre Eustáquio, cujo edital prevê parceria público-privada (PPP), Simões afirmou que o modelo é um dos mais modernos do país. “Talvez seja o modelo mais moderno de PPP do Brasil. Tanto é que nós estamos atraindo para essa licitação uma série de players internacionais. Esse hospital vai ser o grande equipamento para a gente enfrentar epidemias e, infelizmente, se acontecer novamente alguma pandemia.”
Segundo o vice-governador de Minas Gerais, os investimentos totais somam R$ 2,5 bilhões ao longo do contrato. “Ele vai qualificar muito o atendimento na região metropolitana, muda muito a cara do acesso à saúde pública em Belo Horizonte e na Metropolitana.”
Samu sob pressão
Mateus Simões também comentou a crise enfrentada por consórcios municipais e a pressão sobre o Samu. “A gente já passa quase 50 milhões de reais por ano para os SAMUs, uma realidade que não é nossa constitucionalmente”, disse.
“Agora, a gente precisa que o Governo Federal faça a parte dele. Nós estamos tendo que carregar com os municípios esse problema nas costas, e tá ficando cada vez mais difícil de pagar essa conta.”
Para ele, o colapso no atendimento básico não está distante. “Se o Governo Federal não começar a colocar as contas dele em ordem, nós vamos começar a ter serviços essenciais colapsando no Brasil.”