Nesta segunda-feira (23/6), o governador em exercício de Minas Gerais, Mateus Simões, anunciou o investimento de R$ 1 bilhão para a transformação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Onça, em Belo Horizonte. A proposta é torná-la a estação mais moderna do país. O anúncio foi feito na sede da Copasa, em Belo Horizonte.
Simões declarou estar “muito satisfeito” em anunciar o investimento, afirmando ainda que este será “o maior das últimas décadas na ETE Onça”. Além disso, exaltou os impactos positivos no saneamento básico da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
“A ETE é responsável pelo atendimento de 50% da população de Belo Horizonte e um pouco mais de 50% de Contagem, processando cerca de 1,8 mil litros de esgoto por segundo. Agora, passará a ter capacidade para 2,7 mil litros por segundo. É um grande avanço, pois ela será a estação mais moderna do Brasil”, afirmou.
O projeto tem prazo estimado de execução de 72 meses e busca aumentar ainda mais a eficiência e a sustentabilidade dos processos de tratamento de esgoto, por meio do tratamento terciário — etapa avançada que remove nutrientes como nitrogênio e fósforo, além de realizar a desinfecção com radiação ultravioleta. A obra também é essencial para atender à demanda crescente, incorporando inovações tecnológicas e gerando subprodutos.
As intervenções devem gerar cerca de 1,2 mil empregos diretos e indiretos. Estão previstas unidades de tratamento de odor, a fim de minimizar incômodos à vizinhança, e o reúso do efluente tratado na própria ETE, com possibilidade de ampliação para outros fins, como usos urbanos e industriais.
O projeto prevê ainda o aproveitamento dos subprodutos gerados no tratamento de esgoto. Estão previstas duas centrais de tratamento de lodo e biodigestores anaeróbicos, com o objetivo de permitir a utilização futura do biogás e do lodo.
Outro diferencial que tornará a estação a mais moderna do país é a implantação de um sistema de realidade aumentada e virtual, incluindo maquete 3D, óculos de realidade virtual para tour pela ETE, QR Codes em unidades e equipamentos com informações sobre o processo de tratamento, critérios de cibersegurança e rotas de fuga utilizando realidade aumentada.
Também está previsto o monitoramento em tempo real do processo de tratamento, com diversos parâmetros sendo acompanhados em uma sala de controle equipada com visão panorâmica do processo, telas e sistemas supervisórios modernos, além de monitores distribuídos ao longo da ETE.
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*Estagiário sob supervisão do editor João Renato Faria