A Melhoramentos acaba de inaugurar uma nova fábrica em Camanducaia, no Sul de Minas, voltada à produção de embalagens compostáveis feitas com fibras vegetais. O investimento de R$ 40 milhões marca a entrada da centenária empresa em um novo mercado, alinhado à inovação e sustentabilidade.
Para entender os impactos da iniciativa, o Start 98 News conversou com Carolina Alcoforado, diretora de Inovação e Novos Negócios da Melhoramentos.
“Estamos presentes em Camanducaia há mais de 80 anos com a nossa operação de fibras. Agora, com essa nova fábrica, entramos em uma nova linha de negócios”, afirma.
A embalagem é feita com fibras de reflorestamento e se decompõe em até 75 dias: “Nosso produto é compostável. Ele vira adubo em composteiras caseiras ou industriais. É feito com fontes renováveis e resiste à água, ao óleo e a variações de temperatura.”
Ela explica que o material pode substituir o plástico e o isopor em diversas aplicações, especialmente na indústria de alimentos: “Pode ser congelado, aquecido em forno, micro-ondas ou airfryer. É uma alternativa real para quem quer sair do isopor.”
O mercado ainda está se desenvolvendo no Brasil, mas Carolina acredita no potencial: “Ainda consumimos muito plástico. Mas há empresas buscando soluções mais sustentáveis.”
A fábrica fica às margens da rodovia Fernão Dias, com localização estratégica para escoamento.
“Fica próxima à nossa planta de fibras, o que reduz a pegada de carbono. E tem fácil acesso a polos importantes como São Paulo e o Sul”, conta
A expectativa é produzir entre 60 e 80 milhões de embalagens por ano e gerar 40 empregos diretos.
“É um começo promissor, com perspectiva de crescimento”, explica”
Carolina desta o apoio do governo de Minas e a conexão da empresa com a cultura local: “Minas é prioridade para a Melhoramentos. Temos forte presença no estado e uma relação próxima com o território.”
Ela encerra reforçando a missão da empresa: “Queremos ser parceiros de marcas que lideram a transição para uma economia de baixo carbono. Oferecer soluções sustentáveis e viáveis economicamente.”