EUA abrem investigação contra o Brasil a mando de Trump por ‘práticas comerciais desleais’

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Tarifaço passará a valer, segundo Trump, a partir de agosto (Kevin Lamarque/Reprodução)

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O Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR) anunciou nessa terça-feira (15/7) a abertura de uma investigação contra o Brasil com base na Seção 301 da Lei de Comércio dos EUA. A medida, ordenada pelo presidente Donald Trump, pretende apurar se o governo brasileiro adota práticas comerciais injustas ou discriminatórias que prejudicam empresas e trabalhadores norte-americanos.

Entre os alvos da investigação estão: restrições ao comércio digital e a empresas de redes sociais dos EUA, tarifas preferenciais a outros parceiros comerciais, falta de fiscalização contra corrupção, fragilidade na proteção à propriedade intelectual, barreiras ao etanol norte-americano e falhas no combate ao desmatamento ilegal.

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“Por ordem do presidente Trump, estou iniciando uma investigação sobre os ataques do Brasil a empresas americanas de redes sociais, além de outras práticas desleais que prejudicam exportadores, agricultores, trabalhadores e inovadores dos EUA”, afirmou a embaixadora Greer, representante de Comércio dos Estados Unidos.

O que é a Seção 301

A Seção 301 da Trade Act de 1974 autoriza os EUA a investigar e retaliar práticas comerciais de governos estrangeiros consideradas injustificáveis ou que restrinjam o comércio norte-americano. O próprio Escritório de Comércio pode iniciar o processo, sem necessidade de denúncia formal por parte de empresas.

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Agora, o Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR) buscará consultas com o governo brasileiro e realizará uma audiência pública no dia 3 de setembro de 2025. Quem quiser participar deve enviar comentários por escrito e pedidos de participação até 18 de agosto.

Práticas sob investigação

De acordo com o comunicado oficial, os principais pontos da investigação incluem:

  • Comércio digital e serviços de pagamento eletrônico: o Brasil pode estar retaliando empresas americanas por não censurarem conteúdos políticos ou por impor restrições à sua operação no país;
  • Tarifas preferenciais: o Brasil concede tarifas reduzidas a alguns parceiros comerciais globais, o que desfavorece os produtos norte-americanos;
  • Fiscalização anticorrupção: o país é acusado de falhar no cumprimento de normas internacionais de transparência e combate à corrupção;
  • Propriedade intelectual: haveria falhas na proteção e aplicação de direitos autorais e patentes, prejudicando setores criativos e inovadores dos EUA;
  • Etanol: o Brasil teria rompido acordos anteriores e passou a aplicar tarifas mais altas sobre o etanol importado dos EUA;
  • Desmatamento ilegal: os EUA acusam o Brasil de não aplicar de forma eficaz suas próprias leis ambientais, prejudicando a competitividade de produtores norte-americanos de madeira e produtos agrícolas.

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Próximos passos

A investigação pode levar à imposição de sanções comerciais ou tarifas extras contra o Brasil, caso os EUA concluam que há violação de regras comerciais internacionais.

A medida ocorre em um momento de crescente tensão entre os países, com o Brasil sendo um dos principais alvos da política comercial agressiva adotada por Trump desde seu retorno à Casa Branca.

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Roberth R Costa

Atuo há quase 13 anos com jornalismo digital. Coordenador Multimídia. Rede 98 | 98 News

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