O mercado diz que valoriza autenticidade, mas, na prática, o que mais premia é a fórmula — o que viraliza é a cópia. Nesse jogo, quem tenta pensar fora da curva costuma ser podado antes de terminar a linha. É por isso que tanta gente brilhante decide silenciar o próprio estilo em troca de pertencimento.
Ser autêntico é, sim, um risco. E a questão é: você está disposto a pagar o preço de ser você?
Uma pesquisa publicada na Harvard Business Review aponta que profissionais percebidos como autênticos constroem relações mais confiáveis e são mais eficazes na liderança — desde que consigam equilibrar a autenticidade com estratégia comunicacional. Ou seja: não basta ser você mesmo, é preciso saber como ser você mesmo — com clareza, propósito e consciência de impacto.
Na comunicação, autenticidade não tem nada a ver com impulso. Tem a ver com intenção. É entender o que você representa, o que defende, o que jamais repetiria só porque está em alta. É escolher palavras que combinem com o que você acredita — e não com o que o algoritmo empurra. Até porque o que o algoritmo valoriza hoje… é você ser você.
No ambiente corporativo, isso se traduz em posturas simples, mas potentes.
Exemplo: recusar uma apresentação que não traduz seu raciocínio; questionar narrativas rasas, mesmo quando parecem vendáveis; construir sua autoridade pela consistência, e não pelo eco.
A questão é que ser autêntico incomoda — porque tira você (e os outros) do piloto automático. E a alternativa é pior: virar mais um nome na multidão. Mais um conteúdo bonito, porém vazio.
A autenticidade se constrói com presença — não com aplauso.
Se você quer marcar seu lugar de verdade, pare de decorar falas alheias. Quem só replica, desaparece.
A pergunta que precisa guiar sua comunicação é simples: o que em você não pode ser substituído?