A tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro no poder já está provada. Essa foi a fala do ministro Alexandre de Moraes, que afirmou que o Supremo Tribunal Federal julga agora se os reús estão envolvidos na trama.
Moraes iniciou seu voto sobre o mérito do caso afirmando que ao menos 13 atos executórios comprovam a existência da organização criminosa golpista e sua ação coordenada e planejada.
De acordo com relator, o líder de tal organização foi o ex-presidente Bolsonaro, que iniciou a execução do golpe por meio de uma reunião ministerial, duas lives na internet, uma entrevista e o discurso por ocasião do 7 de setembro, Dia da Independência Nacional. Todos os atos foram praticados em 2021.
O objetivo do plano, para Moraes, era restringir e anular o Poder Judiciário, em especial o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral, para que não houvesse mais o sistema de freios e contrapesos entre os poderes.
Moraes deu ênfase, por exemplo, ao discurso no 7 de setembro de 2021, no qual Bolsonaro afirmou para milhares de pessoas que só sairia do poder “morto ou preso”, acrescentando que “nunca serei preso”.
Para o ministro, a fala do ex-presidente comprova que ele jamais aceitaria a derrota democrática nas eleições e nem cumpriria a vontade popular.