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(Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Você já parou para pensar o que faria se fosse abordado com uma proposta de suborno? Pois é, essa é uma situação mais comum do que imaginamos e, infelizmente, tem consequências devastadoras. Um exemplo recente e alarmante foi a Operação Rejeito, deflagrada pela Polícia Federal, Controladoria-Geral da União e outros órgãos nesta semana. A investigação revelou um esquema bilionário que envolvia grandes empresas de mineração, especialmente em Minas Gerais.

Em vez de seguir as leis, essas empresas preferiram um caminho mais fácil e destrutivo: corromper servidores públicos para conseguir autorizações e licenças ambientais de forma fraudulenta. O resultado foi a exploração ilegal de minério de ferro em larga escala, inclusive em áreas de preservação ambiental e locais tombados. As consequências são gravíssimas, com riscos de desastres ambientais, sociais e humanos.

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E será que esse lucro paga a multa, compensa a perda de reputação ou cobre os riscos quando eles se materializam? A primeira resposta é simples: não se deve aceitar o suborno, porque o suborno é crime. A Lei Anticorrupção deixa claro que tanto quem oferece quanto quem aceita pode ser punido.

A melhor atitude é rejeitar de imediato e denunciar. Existem canais de ouvidoria em órgãos públicos e também canais de denúncia em empresas privadas, que garantem descrição e anonimato justamente para proteger quem deseja fazer a coisa certa. Sua coragem pode evitar que esquemas como esse das mineradoras se consolidem e causem danos irreversíveis.

Mas como as empresas podem se prevenir? A prevenção é a chave. Tenha um código de ética e conduta claro, um canal de denúncias ativo, realize due diligence com fornecedores, treine seus funcionários e adote uma política pública anticorrupção e antisuborno. Além disso, registre reuniões com agentes públicos. Transparência e clareza podem proteger sua empresa de riscos legais e financeiros, além de construir uma reputação sólida, baseada na integridade.

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Thais Profeta

Administradora com mais de 20 anos de experiência nas áreas de auditoria interna, compliance, riscos, governança e controles. Atuou em empresas como PwC, ADP Systems, Pif Paf Alimentos e FSFX. Professora de auditoria e compliance em MBAs no IEC/PUC Minas e na Católica de SC, também lecionou na UNA e na Pitágoras. É bacharel pela UnB, pós-graduada em Marketing e em Ética e Compliance na Saúde. Atua como consultora, palestrante e educadora, com formação internacional em liderança e vivências voluntárias no Brasil e no exterior.

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