Caeté suspende aulas após mortes por febre maculosa; casos da doença avançam em MG

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O município de Caeté reforçou que não há casos confirmados entre alunos ou profissionais da rede e que os casos de suspeita ainda estão passando por testes (Foto: Divulgação / Instituto Estrada Real)

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As aulas da rede municipal de Caeté, na Grande BH, foram suspensas até a próxima segunda-feira por medida preventiva contra a febre maculosa. Para reduzir riscos, a prefeitura anunciou que todas as escolas passarão por mais uma dedetização e limpeza, a fim de eliminar o carrapato-estrela, transmissor da doença, como forma preventiva. A Secretaria de Estado da Saúde confimou duas mortes no município em setembro.

O município de Caeté reforçou que não há casos confirmados entre alunos ou profissionais da rede e que os casos de suspeita ainda estão passando por testes. As aulas devem ser retomadas na terça-feira, dia 7, totalizando 6 dias para a dedetização dos imóveis. O calendário escolar será ajustado para repor os dias parados e o município já disponibilizou as datas de reposição.

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Calendário de reposição da aulas

Minas Gerais

A situação em Minas também preocupa. Na Grande BH, Contagem, Sabará, Nova Lima e Caeté concentram a maioria das ocorrências neste ano. Foram 29 casos e 4 mortes pela doença na Região Metropolitana  até 1º de outubro. Treze casos ainda estão em investigação. A febre maculosa é transmitida pelo carrapato-estrela, comum em regiões de mata e beira de rios. Os sintomas podem ser confundidos com os de uma gripe, como: febre, dor no corpo, dor de cabeça e manchas vermelhas na pele.

O presidente da Associação Mineira de Infectologia, Adelino Freire, destaca o período do ano como o mais propício à proliferação do carrapato: “Essa época do ano em que a gente tem mais mais infestações. O ciclo reprodutivo do carrapato, normalmente, está ligado a esse tempo seco e quente e então ocorre mais contato com maior chance e a pessoa fica com carrapato no corpo por mais tempo. Então, essas ocorrências são mais frequentes, com isso o risco da doença aumenta e normalmente a transmissão também.”

Sintomas e tratamento

Em caso de contato com o carrapato, é preciso procurar um médico, principalmente se houver algum sintoma, como febre alta e súbida, dor de cabeça intensa, dor no corpo e manchas avermelhadas que podem aparecer em todo o corpo, principalmente nas palmas das mãos e solas dos pés. Os sintomas geralmente surgem de 2 a 14 dias após a picada do carrapato infectado.  O tratamento é feito com antibióticos.

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O tratamento precisa começar nos primeiros dias, já que a evolução é acelerada e o atraso pode ser fatal. Para evitar novos casos, Adelino Freire reforça cuidados simples como: evitar contato com áreas infestadas e usar roupas compridas e repelentes ao visitar locais de risco. Em caso de contato com o aracnídeo, o presidente alerta sobre o que fazer.

“Você deve tirar esse carrapato sem espremê-lo, então, de preferência usando uma pinça e retirando ele. Ele fixa na pele pela boca. Então, é ali que a gente tem que tirar o carrapato. Quando a gente espreme o carrapato na intenção de matá-lo e ele ainda está grudado no corpo, ele pode aumentar a transmissão de bactéria nesse momento. A gente pode inocular a bactéria nesse momento”, explica.

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Laura Dolabella

Estagiária de Jornalismo na 98 News, Laura Dolabella é jornalista em formação pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atuou na TV Alterosa como produtora, na Rede Minas e Rádio Inconfidência como repórter esportiva e é redatora do Surto Olímpico.

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