Há exatos 60 anos, em 24 de outubro de 1965, quase dois meses após a inauguração do Mineirão, Cruzeiro e Atlético se enfrentaram pela primeira vez no principal estádio de Minas Gerais, em um clássico histórico. A Raposa venceu por 1 a 0, com gol de Tostão, mas o que ficou marcado na memória foi a confusão generalizada em campo e um apelido que até hoje dá o que falar.
Aos 35 minutos do segundo tempo, um tumulto obrigou o árbitro espanhol Juan de la Pasión Artés a encerrar a partida antes do tempo regulamentar. O incidente teve início com a marcação de um pênalti contestado pelo Galo e se intensificou com a invasão do técnico Marão, do presidente Lauro Pires e do diretor Marcelo Guzella ao campo para discutir a arbitragem de forma agressiva.
A Polícia Militar precisou intervir e chegou a entrar em confronto com os jogadores atleticanos para restaurar a ordem. Nove atletas do Galo foram expulsos antes do fim da partida, que ganhou repercussão nos jornais da época como o “jogo da vergonha”.
Entre os cruzeirenses, o clássico ficou conhecido como a “fuga das galinhas”, expressão que segue sendo usada até hoje para provocar o rival e relembrar um episódio histórico. Em 2023, o clube voltou a destacar o episódio, reforçando o apelido criado pelos torcedores.
No dia 24 de outubro de 1965, o Cruzeiro disputava e vencia o primeiro clássico no @Mineirao! Tostão marcou o gol celeste e o placar final ficou em 1 a 0. 🏟⚽
— Cruzeiro 🦊 (@Cruzeiro) October 24, 2023
A partida ficou conhecida como a "fuga das galinhas”. No segundo tempo, os atleticanos não aceitaram o claro pênalti… pic.twitter.com/5UtmHeLbxw
