Em coletiva realizada nesta sexta-feira (31/10), o secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, afirmou que o Comando Vermelho não é uma organização criminosa, e sim terrorista. Segundo o chefe da instituição de segurança, os Complexos da Penha e do Alemão são usados, portanto, como “QG” da facção em nível nacional.
“São desses complexos que partem todas as ordens, decisões e diretrizes da facção para todos os outros estados onde o Comando Vermelho tem atuação, praticamente em todos os estados do Brasil. A investigação e os dados de inteligência comprovam que são nos Complexos da Penha do Alemão que são feitos treinamentos de tiro, tática de guerrilha e manuseio de armamento”, afirmou Curi.
O chefe da Polícia Civil carioca, por fim, detalhou atividades criminosas organizadas pelo CV no Rio de Janeiro e em outros estados. “É uma organização terrorista com práticas terroristas, com táticas de guerrilhas, que dão ordens para execução de desafetos e de agentes públicos. Eles dão ordens e oprimem o morador da comunidade, colocam barricadas e assediam a filha do morador. Além disso, atiram na polícia e praticam disputas territoriais”.
Números de mortos e presos na megaoperação
Segundo Curi, 117 narcotraficantes morreram na megaoperação. Dos 99 mortos que foram identificados até o momento, portanto, 42 tinham mandado de prisão pendente e 78 apresentavam relevante histórico criminal. Além disso, Curi revelou que 40 dessas pessoas eram de outros estados do Brasil.
Entre os 113 presos, estão 33 pessoas que não são do Rio de Janeiro e 10 adolescentes infratores. Desse total, segundo o chefe da Polícia Civil carioca, 54 possuíam anotações criminais.
