O Senado Federal inicia, nesta terça-feira (4/11), a sessão que vai definir a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado. A instauração da Comissão vai ficar a cargo do Senador Otto Alencar (PSD-BA), o mais antigo da Casa. A relatoria pode ficar a cargo do Senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que solicitou a criação da CPI.
A criação da CPI chega na esteira da Operação Contenção, deflagrada na semana passada no Rio de Janeiro. Objetivo é apurar a estruturação, a expansão e o funcionamento de facções criminosas no Brasil. Ação policial terminou em 121 mortos, e é considerada a mais violenta da história da capital fluminense.
A Comissão terá 11 titulares e sete suplentes, com nomes proeminentes da esquerda e da direita. Entre os nomes indicados estão:
- Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
- Sergio Moro (União-PR)
- Marcos do Val (Podemos-ES)
- Magno Malta (PL-ES)
- Jaques Wagner (PT-BA)
- Otto Alencar (PSD-BA)
- Rogério Carvalho (PT-SE)
Integram a lista de suplentes os senadores Fabiano Contarato (PT-ES) e Randolfe Rodrigues (AP).
Qual o foco da CPI do Crime Organizado?
Com duração de 120 dias, a CPI vai investigar a estrutura e a expansão de facções criminosas com o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC). O grupo apura, ainda, as fontes de financiamento e lavagem de dinheiro, as conexões regionais e transnacionais e a possível infiltração do Poder Público nas facções.
O grupo debate, ainda, possíveis mudanças na legislação acerca do combate ao crime organizado.
