O Ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (PSOL), criticou a ausência do governador Romeu Zema no ato que lembra os 10 anos da tragédia da Samarco, em Mariana.
Boulos cumpriu, nesta quarta-feira (05/11), sua primeira agenda Minas desde que assumiu o primeiro escalão do Governo Lula (PT). O ministro questionou a agenda de Zema em ato em homenagem aos atingidos pelo rompimento da Barragem de Fundão. O protesto aconteceu na Praça Carlos Chagas, em frente à Assembleia Legislativa, e foi coordenado pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
“Eu só lamento que numa data tão importante para o povo mineiro tão simbólica, o governador não esteja aqui. Não é? O governador esteja novamente em viagem para o exterior”, afirmou Boulos.
Zema tem em sua agenda dois compromissos previstos para esta quarta-feira, ambos no Rio de Janeiro. Às 18h, o governador se encontra com o ex-capitão do Bope, Rodrigo Pimentel. Às 20h, ele participa remotamente da cerimônia de posse da diretoria eleita da Faemg.
Boulos ressalta “compromisso de Lula”
Em encontro com deputados estaduais na Assembleia Legislativa, Boulos reforçou o compromisso de Lula para com os atingidos pelo rompimento da Barragem da Samarco. “O presidente Lula tem um compromisso com a reparação, reparação ambiental, reparação humana, indenização às vítimas, isso é essencial. Esse é o compromisso desse governo. O presidente determinou que eu e a ministra Macaé [Evaristo, dos Direitos Humanos] viéssemos aqui hoje com esse propósito expressar esse compromisso”.
O ministro se comprometeu, ainda, a conversar com os integrantes do MAB, ainda nesta quarta-feira. Em fala aos parlamentares, Boulos afirmou que Lula está “cumprindo a sua parte” dentro do acordo de reparação. “Esperamos que a parte que caiba ao governo de Minas Gerais com o governador Zema seja cumprida com a mesma responsabilidade, com a mesma participação e com o mesmo respeito ao povo de Minas Gerais”, completou.
“Governo Lula na rua”
A agenda de Boulos em Belo Horizonte dá o tom do papel do psolista à frente da Secretaria-Geral da Presidência da República. Há uma semana no cargo, Guilherme Boulos chega com o desafio de “colocar o governo Lula na rua”. O objetivo é alavancar a popularidade do petista, mirando nas Eleições de 2026.