A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aprovou, nesta quinta-feira (4/12), a convocação do Governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo/MG).
A convocatória acontece a pedido do Deputado Federal Rogério Correia (PT/MG). Segundo o parlamentar, a Zema Financeira teria sido uma das principais beneficiadas pela Medida Provisória 1.106 de 2022, que permitiu empréstimos consignados a beneficiários do Bolsa Família — à época chamado de Auxílio Brasil.
Por meio de nota enviada à CPMI, Zema afirmou que deixou a Zema Financeira após vencer a eleição para o Governo de Minas, em outubro de 2018.
“O requerente absolutamente nada pode esclarecer ‘acerca da atuação da instituição na oferta de produtos financeiros a aposentados e pensionistas, incluindo o crédito consignado”, informou a defesa do governador, à Comissão.
Correia pediu, ainda, a quebra do sigilo financeiro da Zema Corretora Crédito Financeira. O pedido foi negado pela CPMI.
Viana comenta convocação
O Senador mineiro Carlos Viana (Podemos/MG), presidente da CPMI do INSS, comentou a convocação de Zema à Comissão. Questionado sobre a convocação de Zema — e não um convite — Viana explicou se tratar de uma decisão colegiada.
“Eu, como presidente, tenho que seguir um rito. Se o requerimento tem pertinência com o tema — que tem — é uma financeira que descontava — e vende — empréstimos consignados a aposentados. Se não houve acordo ou consenso para que fosse transformada em convite, a minha única função é colocar em voto. Cada um dá o resultado que achar necessário, de acordo com o que achar da sua consciência”, afirmou o parlamentar.
A data do depoimento de Zema ainda será definida pela CPMI do INSS.
